Téo Vilela e Rui “brigam” às vésperas do sim ou não de Rodrigo Cunha

http://edivaldojunior.com.br/wp-content/uploads/2018/05/rodrigo-cunha5.jpgTéo Vilela e Rui “brigam” às vésperas do sim ou não de Rodrigo Cunha

O prazo de Rodrigo Cunha para Rodrigo Cunha acaba esta semana. Foi o próprio que prometeu dar sim ou não ao “convite” para disputar o governo pelo PSDB.

Mesmo que faça como Rui Palmeira e desista encarar a disputa para governador, Rodrigo Cunha, diferente do prefeito de Maceió, ainda terá que decidir qual cargo irá tentar nas próximas eleições.

Deputado estadual pelo PSDB, ele pode tentar ficar na Assembleia Legislativa de Alagoas por mais quatro anos, embora seja apontado como um dos favoritos numa eventual disputa de deputado federal.

Mas se depender dos caciques do partido, Rodrigo irá mesmo para a majoritária. Enquanto Rui Palmeira quer que ele vá para o governo, o ex-governador Téo Vilela defende agora que Cunha vá para o Senado.

A “briga” interna entre Téo e Rui vem ganhando força nos bastidores da política alagoana, a ponto de ser exposta em entrevistas a jornalistas.

O que se sabe – embora ninguém fale publicamente sobre isso – é que vários tucanos influentes querem ver Téo Vilela de volta ao comando do PSDB em Alagoas. Vilela, não custa lembrar, abriu mão da presidência do partido, em outubro do ano passado, para que Rui Palmeira, como pré-candidato ao governo articulasse as alianças necessárias na formação de um palanque majoritário.

Rui Palmeira desistiu de disputar o governo, mas continua presidente do PSDB em Alagoas e tem, em alguns momentos, contrariado os planos eleitorais do grupo mais ligado à Vilela. Nessa “briga”, o maior estrago tem sido para o próprio partido, que vem perdendo força em Alagoas.

Divergências explícitas

Em entrevista a jornalistas, Rui Palmeira disse, na última sexta-feira (27), que defende Rodrigo para o governo: “Meu total apoio é à candidatura do Rodrigo Cunha ao governo, se ele entender dessa forma. Acho que é uma decisão muito pessoal e que não é nada fácil de ser tomada. Mas, acredito na viabilidade da candidatura dele”, afirmou.

Téo Vilela lançou Rodrigo Cunha ao Senado, em março deste ano, e teria voltado a “trabalhar” neste sentido nos últimos dias, segundo várias fontes.

Rui Palmeira diz que não tem conhecimento desse posição de Téo Vilela: “Estive com o ex-governador Teotonio Vilela há uns dez dias e acho que ele também defende que o Rodrigo possa ser candidato majoritário, entende que ele é viável para o governo. No meu entendimento pessoal, há uma viabilidade grande de uma candidatura do Rodrigo ao governo, até porque ir para o Senado sem cabeça para o governo se torna muito difícil. Por isso, minha defesa a essa candidatura. Mas, certamente ele vai ter liberdade para dizer se quer concorrer ao Senado, à Câmara. Vamos acatar”, avalia.

Se for para o governo, Rodrigo Cunha terá, segundo Rui Palmeira, na futura coligação a ser formada, Benedito de Lira (PP), que tenta a reeleição para o Senado, como companheiro de chapa. Além disso o prefeito promete buscar outro candidato ao Senado: “É preciso ter uma chapa completa para fortalecer a candidatura. Estamos esperando a resposta do Rodrigo e, em caso positivo, vamos buscar dentro dos partidos aliados mais um nome para disputar o Senado”.

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Edivaldo Junior

Edivaldo Junior

Edivaldo Junior é jornalista, colunista da Gazeta de Alagoas e editor do caderno Gazeta Rural

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