Reportagem do JN tenta “complicar” indicação de Marx Beltrão para ministério

Reportagem do JN tenta “complicar” indicação de Marx Beltrão para ministério

Em uma matéria de mais de dois minutos, o Jornal Nacional desta terça-feira, 19, revela o que todos já sabem: Marx Beltrão é o nome mais forte, hoje, para ocupar o Ministério do Turismo. A reportagem também cita processo em que ele é réu, no STF, por problemas de documentos durante sua gestão como prefeito de Coruripe.

Cauteloso, Marx Beltrão não tem falado com a imprensa. Só deverá se pronunciar sobre a indicação após sua confirmação, que deve acontecer até esta quinta-feira, 21.

Ao citar que o deputado é réu no STF a reportagem poderia virar um complicador a mais na indicação de Marx Beltrão. Mas não deve surtir o efeito esperado. Marx Beltrão foi indicado pela bancada do PMDB para o cargo e tem o aval de Renan Calheiros.

O fato de ser réu no STF não seria o maior impedimento, segundo informações de bastidores: “existem outros parlamentares e pessoas ocupando cargos no governo federal em condição semelhante. A questão é política e existe o entendimento hoje de que ele será o ministro”, diz um importante dirigente do PMDB de Alagoas.

Marx Beltrão explica processo

Em nota divulgada pelo JN, Marx Beltrão diz que apesar de não ter recebido convite oficial está preparado para contribuir e que não poderia deixar de dialogar com o presidente do partido em seu estado, Renan Calheiros, antes de tomar qualquer decisão.

Sobre o processo no STF, Marx Beltrão disse que as informações, foram elaboradas pela assessoria, e que ele assinou o documento como gestor em confiança ao corpo técnico. Disse ainda que, assim que descobriu o erro, determinou o pagamento imediato da dívida.

Veja a nota de Marx Beltrão

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Veja texto da reportagem do JN

Deputado cotado para Ministério do Turismo é réu no Supremo

Marx Beltrão é acusado de fraudar informações sobre dívida do município.

Temer decidiu que vaga seria da Câmara com indicação de Renan.

O nome do deputado Marx Beltrão, do PMDB de Alagoas, é o mais cotado para assumir o Ministério do Turismo. O cargo está vago desde junho.

O presidente em exercício, Michel Temer, havia decidido que a vaga seria da Câmara dos Deputados, com indicação de Renan Calheiros, presidente do Senado.

Dessa fórmula saiu o nome de Beltrão. É que a bancada do PMDB de Alagoas, terra de Renan, só conta com um deputado em exercício, que é Marx Beltrão.

Beltrão responde a uma ação penal por crime de falsidade ideológica. Ele foi prefeito de Coruripe, em Alagoas, entre 2005 e 2012. E, pela denúncia do Ministério Público, fraudou informações sobre a dívida do município com a Previdência pra impedir o bloqueio da transferência de verbas da União.

Oficialmente, Renan Calheiros nega que tenha indicado ou até mesmo sugerido o nome do deputado. Segundo ele, isso seria incompatível com a independência entre os poderes. Apesar do recesso, o deputado esteve na Câmara nesta terça-feira (19).

Em nota, o deputado que apesar de não ter recebido convite oficial está preparado para contribuir. Disse ainda que não poderia deixar de dialogar com o presidente do partido em seu estado, Renan Calheiros, antes de tomar qualquer decisão.

Sobre o processo no Supremo, Marx Beltrão disse que está tranquilo, que as informações, que ele chama de imprecisas, foram elaboradas pela assessoria, e que ele assinou o documento como gestor em confiança ao corpo técnico. Disse ainda que, assim que descobriu o erro, determinou o pagamento imediato da dívida.

Em pouco mais de dois meses de governo Temer, três ministros já deixaram os cargos por questões ligadas à Justiça. Eles apareceram em gravações de um delator da Lava Jato. O ex-ministro da Transparência Fabiano da Silveira, o ex-ministro do Planejamento, Romero Jucá, que é réu, e o ex-ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, investigado.

Michel Temer já desabafou a interlocutores no Planalto que ‘Renan poderia indicar outro nome’. Mas ele tem sido pressionado pelo presidente do Senado. Pelo menos por enquanto, Temer não disse nem que sim, nem não. Nesta terça ele janta com os presidentes da Câmara e do Senado e deve discutir o assunto.

http://g1.globo.com/jornal-nacional/edicoes/2016/07/19.html#!v/5175658


EJ

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Redação

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