“Não vou fazer acordo para não cumprir”, diz RF sobre aumento do servidor

“Não vou fazer acordo para não cumprir”, diz RF sobre aumento do servidor

O governo de Alagoas ainda não decidiu se vai apresentar ou não uma proposta de reajuste para o funcionalismo em 2016. No ano passado, o reajuste foi de 5%, parcelado em 3 vezes. A Educação teve um percentual maior, de 7%, também parcelado.

Com o agravamento do cenário econômico nacional, 17 Estados já avisaram que não darão reajuste este ano a seus servidores. Em outros 11, os salários estão atrasados ou sendo parcelados. No caso mais recente, o Rio Grande do Sul parcelou o pagamento em 9 vezes. O Rio de Janeiro beira ao caos, com vencimentos em atraso, especialmente de inativos.

A maior preocupação do governador é manter o estado funcionando. Embora não descarte aumento para os servidores, que será decidido após estudo que está sendo realizado pela Secretaria da fazenda, Renan Filho adianta que a prioridade é manter os pagamentos em dia.

“Gostaria de ter um acordo que pudesse cumprir. O pior acordo é a dúvida se o governo vai ou não poder pagar a folha. Não posso dormir com essa dúvida.  Se houver atraso, não será apenas o servidor prejudicado, mas toda a sociedade”, diz Renan Filho.

A avaliação do governador é inspirada não só em outros estados, mas também no passado recente de Alagoas, quando o governo atrasou vários meses de salários, num processo que terminou provocando o impeachment/renúncia do ex-governador Divaldo Suruagy.

“Quando o governo não paga o salário, se instala o caos. Não é só porque o servidor deixa de receber. O comerciante não vende, as obras param, a Assembleia Legislativa  não vota nada. Tudo para”, avalia RF.

E não é só isso. O atraso nos salários atrapalhariam, segundo avaliação do governador, a busca por soluções para setores da economia de Alagoas (caso do empréstimo da cana de açúcar, programa do leite, recursos para obras etc) em Brasília.

“Na hora em que o governo não puder pagar salários, como posso ir a Brasília resolver os problemas? Não terá outra saída, a não ser ficar aqui para resolver e aqui somente não se resolve. Em síntese, não podemos chegar a esse ponto, nunca”.

EJ

Author Description

Redação

Sem Comentários ainda.

Participe do debate