Apesar de uma moagem difícil, penalizada por efeitos climáticos e pela falta de recursos para a manutenção dos canaviais, o ciclo da cana em Alagoas deverá ser encerrado apenas na primeira quinzena de abril, amargando uma quebra de safra histórica. Segundo informou o Sindaçúcar-AL, as usinas Caeté, Coruripe e Sumauma comunicaram que estarão finalizando a safra até o próximo dia 09.
“A presente safra 15/16 está chegando ao fim das operações de moagem e com ela uma marca para ser esquecida pelos produtores alagoanos. A ausência de chuvas no período de desenvolvimento da cana nos impôs uma redução na oferta de cana ao redor de 30%”, afirmou o presidente do Sindaçúcar-AL, Pedro Robério Nogueira.
De acordo com ele, a perda de quase 1/3 na produção de matéria prima teve e terá impactos em todos os elos da cadeia produtiva. “Isso gera uma forte redução em relação a safra passada que também já tinha sido menor quando relacionada com o ciclo anterior”, reforçou o representante das usinas alagoanas.
Para Pedro Robério, resta aguardar os financiamentos necessários para que seja promovida a recuperação dos canaviais. “Só assim, poderemos retomara nossa trajetória de desenvolvimento”, declarou.
Após o encerramento do ciclo, serão divulgados os números finais e oficiais da safra 15/16 em Alagoas. Com base nos dados repassados pelas usinas, o Sindaçúcar-AL prevê uma safra com 16 milhões de toneladas de cana beneficiadas e uma produção de 1,2 milhão de toneladas de açúcar e 395 milhões de litros de etanol.
Produção
No boletim quinzenal de nº13, o Sindaçúcar-AL divulgou os números da safra 15/16 com posição acumulada até o dia 15 de março, onde já se confirma com um panorama de quebra de safra de – 20,14%.
De acordo com o levantamento, foram processadas até a primeira quinzena de março 15,6 milhões de toneladas de cana. Já no mesmo período do ciclo passado, a quantidade de cana beneficiada ultrapassou os 19 milhões de toneladas.
No caso do açúcar, a redução, até 15 de março, foi de 27,4%. A comparação é feita em relação a safra passada, quando haviam sido produzidos, no mesmo período, 1,6 milhão de toneladas de cana. Nesta moagem, a produção está em 1,1 milhão de toneladas.
Compartilhando o mesmo cenário de queda, a produção de etanol registra uma redução de 19,85% ante ao ciclo 14/15. As usinas e destilarias alagoanas produziram até este mês 361 milhões de litros, enquanto na moagem passada foram produzidos 451 milhões de litros.
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