Concessão de crédito para produção de grãos em Alagoas tem aumento de 102%

Concessão de crédito para produção de grãos em Alagoas tem aumento de 102%

O Banco do Nordeste registrou, em 2015, um aumento de 102,5% nas contratações de crédito para produção de grãos em Alagoas. Os dados foram divulgados pela instituição financeira na quinta-feira (25).

Na avaliação do secretário de Estado da Agricultura, Pecuária, Pesca e Aquicultura, Álvaro Vasconcelos, o índice é um reflexo positivo do Programa de Incentivo à Produção de Grãos executado no ano passado pelo Governo do Estado, por meio da pasta, já com continuidade garantida este ano.

As contratações realizadas com o Banco do Nordeste, em Alagoas, para a produção de grãos, destinadas ao custeio, investimento para agricultores familiares do semiárido e para mini e pequenos agricultores, mais que dobraram no ano passado, em comparação ao resultado de 2014, totalizando cerca de R$ 14 milhões, distribuídos em 2.644 operações de crédito.

“Essa informação do Banco do Nordeste representa, para a Seagri, a garantia de que o produtor rural alagoano entendeu a importância da diversificação agrícola e passou a acreditar que é viável investir em milho e soja no Estado. Conseguimos duplicar a produção de milho e, pela primeira vez na história, Alagoas exportou soja para a Europa. Isso foi muito positivo, mas vamos concentrar ainda mais nossos esforços em 2016. Os números do BNB demonstram que esse trabalho está dando resultados”, observou Álvaro Vasconcelos.

Segundo o superintendente estadual do Banco do Nordeste, Antônio César de Santana, o resultado é animador e espelha o esforço conjunto do Governo Estadual e parceiros no incentivo à diversificação com foco nas culturas do milho e da soja.

“O Banco do Nordeste faz parte do Programa de Incentivo à Produção de Grãos, disponibilizando crédito para o setor, participando das reuniões do Conselho do Programa, sugerindo melhorias e promovendo o intercâmbio de experiência, uma vez que o Banco atua fortemente com a atividade em outros estados, a exemplo de Sergipe”, lembrou Santana.

Incentivo – O gerente de Desenvolvimento Territorial, em exercício, do Banco do Nordeste, no Estado, Bruno Rodrigues, ressalta que os produtores têm procurado o Banco para o financiamento do custeio, principalmente de milho, e também para investimentos que beneficiam a produção.

Ele ressalta o crescimento das operações do Pronaf Grupo B, realizadas com agricultores familiares do semiárido alagoano, em especial nas cidades de Igaci, Ouro Branco e Santana do Ipanema, que dobraram, no ano passado, perfazendo mais de R$ 10 milhões em contratações.

As operações de crédito com mini e pequenos agricultores rurais, destinadas à atividade de grãos, também mais do que duplicaram, totalizando R$ 3,1 milhões, a maioria voltada ao custeio do milho.

Ele destaca que o Banco do Nordeste oferece ao setor tanto o crédito do Pronaf, quanto o do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE – Rural), com taxas de juros subsidiadas e prazos competitivos para pagamento.

“Para esse ano, a expectativa é aumentar ainda mais as contratações, tendo em vista o fortalecimento das ações do Programa de Incentivo à Produção de Grãos, que vão abranger a realização de dias de campo e áreas experimentais de cultivo”, afirma.

Programa de Grãos – Criado em janeiro de 2015, o Programa de Grãos tem seu foco nas culturas do milho e da soja. Com relação ao milho, segundo dados do programa, foram plantados 30 mil hectares no Estado no ano passado, com uma produção de quase 60 mil toneladas. No ano anterior, essa produção havia sido de apenas 24 mil toneladas.

Com relação à soja, foram plantados pouco mais de 400 hectares, com uma safra de aproximadamente 800 toneladas, o que representa uma produtividade bastante satisfatória se comparada à produção em outros estados com mais tradição nesse plantio.

A comissão responsável pelo Programa de Grãos em Alagoas iniciou os trabalhos de 2016 já no mês de janeiro e se reúne todas as segundas-feiras, na sede da Federação da Agricultura e Pecuária de Alagoas (Faeal). De acordo com o presidente da comissão e superintendente de Desenvolvimento Agropecuário da Seagri, Hibernon Cavalcante, este ano, os experimentos com soja e milho conduzidos pela própria Seagri e pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) serão realizados nas regiões do Tabuleiro de São Miguel dos Campos e Junqueiro, na Região Norte, na Zona da Mata e no Agreste alagoano.

“Com as variedades de milho e soja que foram apontadas como as mais produtivas para o solo alagoano nas pesquisas de 2015, vamos agora buscar identificar as áreas do Estado onde essas culturas se adaptam melhor. Este ano, queremos duplicar a produção de soja, que foi de 800 toneladas no ano passado, e melhorar o resultado do milho, que já foi muito satisfatório”, disse o superintendente.


Ascom Seagri com Ascom BNB

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Redação

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