Renan Filho pode enfrentar ‘temporal’ na ALE em 2016

Renan Filho pode enfrentar ‘temporal’ na ALE em 2016

No primeiro ano de governo, Renan Filho aprovou com facilidade tudo o que quis – ou quase – na Assembleia Legislativa. Sem oposição, com pequenos focos de resistências na Casa de Tavares Bastos, o ano de 2015 foi de águas mansas para o governo.

Mas 2016 começa com o prenúncio de dificuldades na relação entre Legislativo e Executivo. Renan Filho continuará com ampla maioria, mas não deve conseguir aprovar com a mesma facilidade de antes os projetos de autoria do governo.

A votação do Orçamento de 2016 e de vários vetos do governo, a partir da próximo semana – as sessões na ALE serão retomadas no próximo dia 16 – deve aumentar a temperatura nas relações entre Legislativo e Executivo. Se o governo não conseguir baixar a poeira, vai enfrentar um “temporal” político nos próximos meses.

O maior desafio, hoje, para o governador é a definição do valor do duodécimo. A ALE quer R$ 209 milhões, mas o governo só acena com R$ 189 milhões.

Se esse valor for mantido, o Legislativo só terá duas opções para pagar suas contas: reduzir o número de cargos comissionados e o valor da verba de gabinete dos deputados ou deixar de pagar obrigações como o INSS e a devolução do imposto de renda descontado dos servidores.

O mais provável é que o Orçamento sofra emendas durante a votação, aumentando o valor do duodécimo da Assembleia Legislativa e dos outros poderes. Se isso acontecer, o governador deve vetar, oficializando a primeira grande crise com o Legislativo.

O secretário do Gabinete Civil, Fábio Farias, e o líder do governo, Ronaldo Medeiros, terão muito trabalho pela frente. Não será nada fácil convencer os deputados a abrirem mão do aumento do duodécimo – ainda mais num ano eleitoral.

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Redação

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