De uma só tacada, o governo de Alagoas demitiu, em janeiro de 2016, 205 servidores da Carph.
Até o final do ano outros 431 servidores devem ser demitidos da Companhia Alagoana Recursos Humanos e Patrimoniais, culminando com a extinção total do órgão que foi criado para abrigar os funcionários de empresas que foram dissolvidas pelo Estado – a exemplo da Sergasa, Emater, Epeal, Cohab, Codeal e Coma.
Com a demissão, o governo espera reduzir gasto com a folha. Em 2014, a Cahrp gerou despesas de mais de R$ 65 milhões. No ano passado, após a aposentadoria de dezenas de servidores, as despesas cariam para R$ 35 milhões. Esse ano o governo espera zerar esta conta.
A demissão de servidores Carhp deve, no entanto, comprometer o funcionamento de vários órgãos do Estado. Os mais afetados, de início, pelo que se sabe, foram Seagri, Adeal e Ideral.
A redução do pessoal da Carhp foi iniciada ainda em 2014, se manteve em 2015 e ganhou força no começo de 2016. Um levantamento feito pelos gestores da Adeal mostra que a Agência de Defesa Agropecuária opera hoje com apenas metade do pessoal necessário para manter suas atividades.
O Ideral, segundo um gestor da Seagri, não terá condições de continuar operando depois da saída do pessoal da Carhp. A solução seria a contratação de pessoal para reforçar o quadro ou a terceirização da empresa. O governador estuda, inclusive, entregar a Ceasa para a iniciativa privada.
O ‘desmonte’ da Carph também vai afetar várias secretarias e áreas de atuação do governo, inclusive nas áreas de agricultura, desenvolvimento econômico e turismo.
Os gestores dos órgãos afetados foram orientados a preparar um relatório que será apresentado ao governador Renan Filho. O governo deve apresentar nos próximos dias uma solução para suprir a carência de pessoal. É isso ou algumas atividades importantes do estado podem parar – incluindo a fiscalização agropecuária.
Em queda
Nos últimos quatro anos (veja tabela) as despesas da Carhp com pessoal caíram quase 50%. Em 2012 a companhia registrou gastos de R$ 49,2 milhões com pessoal. Em 2015 esses gastos foram reduzidos para R$ 27,3 milhões.
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