A folha de pagamento do Estado ultrapassou em janeiro, pela primeira vez, a barreira de um quarto de bilhão de reais.
Segundo dados do Portal da Transparência, o Estado pagou R$ 135,7 milhões aos servidores ativos e R$ 117,7 milhões aos inativos. No total, são cerca de 70 mil pagamentos entre funcionários da ativa, aposentados e pensionistas.
Em janeiro, os gastos líquidos do governo com pessoal somaram R$ 252 milhões, em alta de 6,07% na comparação com o mês anterior (R$ 238,3 milhões) e de 15,7% em comparação com igual mês do ano passado ( R$ 218,3 milhões).
O “aumento” é reflexo de reajustes dos militares (5%) e da implantação do salário mínimo, além da progressão horizontal de várias categorias.
A partir de fevereiro, a folha deve voltar a crescer, com a implantação do novo piso do magistério, além de ações judiciais e a nomeação de novos servidores.
Sem saída
O governo trabalha, hoje, com um cenário econômico pior do que o de 2015. A aposta para manter pagamentos em dia e para a concessão de qualquer reajuste e outros benefícios aos servidores está no desempenho da economia nacional. Mantida a tendência de retração econômica, o governo deve anunciar cortes mais profundos nas despesas do que realizados em 2015.
Os salários dos cargos comissionados, incluindo secretários, governo e vive, devem ser “congelados” por mais um ano.
Mobilização
Os “sinais” de que os servidores podem ficar sem reajuste em 2016 preocupam as lideranças da categoria. A CUT promete ir para o enfrentamento, se necessário e anuncia, para este mês, a primeira manifestação. Veja nota distribuída pela entidade em Alagoas:
MOVIMENTO UNIFICADO DOS SERVIDORES DISCUTE CAMPANHA SALARIAL DE 2016
Entidades farão ato público no dia 18 de fevereiro
A CUT-AL reuniu dirigentes de entidades sindicais que representam servidores públicos do Estado e dos municípios para discutir a campanha salarial unificada de 2016.
Na reunião, foi decidida a realização de um ato público, no dia 18 de fevereiro, a partir das 9h, com concentração na Praça Sinimbu, no Centro de Maceió.
A presidente da CUT, Rilda Maria Alves, destacou que o encontro serve para fortalecer a categoria e mostrar ao governo do Estado e a Prefeitura de Maceió que os servidores estão juntos e intensificando a luta. “Estamos nos preparando para ir ao embate e se for preciso para enfrentamento. O que não pode continuar é do jeito que está”, afirmou.
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