Maceió tem 44,02% de participação no PIB alagoano

Maceió tem 44,02% de participação no PIB alagoano

A Secretaria de Estado do Planejamento, Gestão e Patrimônio (Seplag), em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgou, nesta sexta-feira, 18, os números do Produto Interno Bruto (PIB) dos 102 municípios alagoanos referentes ao ano de 2013. Os números apresentados foram baseados no Sistema de Contas Nacionais e adotam 2010 como ano de referência.

Segundo o levantamento, no ano de 2013, cinco municípios foram responsáveis por 61,45% de participação relativa no PIB alagoano. Maceió, por exemplo, teve uma participação de 44,02%, com um total de R$ 16,38 bilhões no PIB Alagoano. Arapiraca ficou com 7,94%, Marechal Deodoro, 3,68%, São Miguel dos Campos, 3,13% e Coruripe, com 2,67%.
“Com a nova referência, percebe-se que existe uma desconcentração na participação dos municípios, algo positivo, pois é desejável que haja essa desconcentração da riqueza nos municípios do estado. Antes, a capital tinha uma participação maior no número. No entanto, em geral, cidades que possuem mais população tendem a ter resultados maiores”, explica o superintendente de Produção da Informação e do Conhecimento (Sinc), Thiago Ávila.

Em contrapartida, cinco cidades alagoanas concentram, no total, apenas 0,37% do PIB. São elas: Belém, com 0,09%; Olho d’Água Grande, com 0,08%; Palestina e Mar Vermelho, ambas com 0,07%, e Pindoba, responsável por apenas 0,06%.

Recentemente, o PIB total alagoano registrou, em 2013, uma variação real de 0,7%, alcançando um valor de R$ 37.223 bilhões. Além de atualizações metodológicas, a nova série pela qual o valor foi calculado incorpora uma classificação mais detalhada de produtos e atividades, integrada à CNAE 2.0, incorpora dados do Censo Agropecuário de 2006 e da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2008/09.

Evoluções e involuções

Os dados também revelaram que, em 2013, algumas cidades apresentaram evoluções quando comparadas com o último levantamento. É o caso de São Miguel dos Milagres que cresceu 114,34%, na comparação de 2012 com 2013.
“O setor de serviços foi um dos principais responsáveis pelo destaque de São Miguel dos Milagres. Outra cidade que também cresceu foi Japaratinga, também localizada no litoral Norte, que evoluiu 90,66%. São José da Tapera cresceu 51,27%; Coqueiro Seco com 43,99% e Marechal Deodoro evoluiu positivamente em 40,51%”, salientou Roberson Leite.

Entre os municípios que apresentaram as maiores involuções, destacam-se Inhapi (-74,42%); Água Branca (-54,87%); Santana do Mundaú (-37,68%); Chã Preta (-19,71%) e Craíbas (-13,62%).

“Em geral, essas as cidades que caíram possuem uma população menor, ainda apresentam uma agropecuária de subsistência e possuem dificuldades em manter um nível de empregos de forma constante. Percebe-se ainda que a caída da construção civil, principalmente por conta do término do Canal do Sertão, e a baixa na cultura da laranja e do fumo foram algumas das causas desse resultado”, avaliou o gerente da Seplag.

Ganhos e perdas

O estudo realizou também o levantamento dos cinco maiores ganhos de posição no Produto Interno Bruto dos municípios. Em 2013, a posição no PIB estadual de Japaratinga passou do 82º colocado para o 63º, subindo 19 colocações. Em seguida, o destaque é para São Miguel dos Milagres, que saiu do 75º lugar e avançou para o 57º. Interiores como Limoeiro de Anadia, São José da Tapera e Passo de Camaragibe também estiveram entre os melhores ganhos de posição do ranking.

Já com relação às quedas nas posições do PIB, o levantamento apontou que os municípios que mais caíram foram Inhapi, Água Branca, Chã Preta, Craíbas e Santana do Mundaú, respectivamente.

“No caso dos que cresceram, percebe-se que municípios pequenos, principalmente, do litoral Norte conseguiram elevar suas posições. Dentre os motivos, estão o fortalecimento da Indústria de Transformação, da agropecuária e de serviços”, explica Leite.

Para o superintendente da Sinc, Thiago Ávila, o grande desafio atual para os municípios é a criação de políticas públicas que possam promover o desenvolvimento econômico desconcentrado.

“Os dados mostram, em suma, que é fundamental que os gestores dos municípios atentem sobre a questão. Além disso, percebeu-se que a nova classificação contribuiu com a melhor mensuração do setor de Serviços, principalmente nos municípios que trabalham com o turismo”, salienta o superintendente.

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