O senador Renan Calheiros consegue surpreender até os mais hábeis e ‘poderosos’ políticos nacionais. Ele soube se afastar no momento certo do governo Dilma Rousseff – no início do ano – e deu um jeito de mesmo longe ficar ainda mais próximo e mais forte.
Mês a após mês de 2015, Renan Calheiros foi crescendo de importância para o governo de Dilma, até se transformar, agora, não só numa espécie de “ponto de equilíbrio” no Congresso Nacional, mas também no dono de uma eficaz vacina contra o impeachment.
Renan Calheiros soube jogar dentro e fora do PMDB e foi hábil no comando do Senado. A paciência com que atravessou todas as crises dos últimos meses o transforma, hoje, em um dos políticos mais poderosos do país, com força dentro do governo e no Congresso Nacional.
Ao abrir mão de indicar ministros ou outros cargos, Renan Calheiros ficou mais forte porque consegue influenciar não apenas uma só pasta, mas todo o governo.
Talvez por isso, Alagoas tenha recebido, nos últimos meses, mais recursos federais do que se poderia esperar no atual momento da economia nacional.
E mais. Ao definir, ontem, que o Senado vai “apitar” no processo de impeachment, o STF deu uma forcinha extra para o presidente do Senado.
E mais ainda. Renan Calheiros foi convidado para um almoço de agradecimento por ter batido de frente contra Temer, no PMDB. O encontro no Palácio do Planalto, nessa quinta-feira, com Dilma, Berzoini e Jacques Wagner, sinaliza que o senador alagoano deve aumentar ainda mais sua influência no governo e fora dele.
EJ
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