O prolongamento da estiagem na zona canavieira de Alagoas está afetando negativamente a expectativa de produção de cana-de-açúcar na safra 2015/2016. No começo da safra, em setembro, o Sindaçúcar-AL estimava que a colheita poderia atingir o mesmo volume do ciclo anterior, desde que o verão fosse chuvoso. A chuva não veio e em outubro a expectativa atualizada apontava já para uma redução da ordem de 10%.
O atual quadro de estiagem deve permanecer pelo menos até o final de janeiro de 2016. Essa pelo menos foi a previsão feita pela pesquisadora do Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (CPTEC-INPE), Anna Bárbara Coutinho Melo, em palestra promovida pela Seagri e Faeal, realizada na última segunda-feira, em Maceió.
“A previsão mais otimista é de que podem ocorrer chuvas abaixo da média até janeiro. Mas também existe a possibilidade de que não caia nenhuma chuva na região canavieira nos próximos dois meses. Dependo da precipitação no período, devemos ter uma redução de safra entre 20% e 25%”, explica o presidente do Sindaçúcar-AL, Pedro Robério Nogueira.
Mesmo que volte a chover a partir de janeiro, não haverá tempo para recuperação da safra. “A tendência é que a colheita termine mais cedo este ano na maioria das unidades produtoras, em função da redução do volume de produção. Se as chuvas se normalizarem a partir de fevereiro irão contribuir para a formação da próxima safra”, enfatiza Pedro Robério Nogueira.
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