Governo de AL quer arrecadar até R$ 250 milhões com ‘venda’ do Produban

Governo de AL quer arrecadar até R$ 250 milhões com ‘venda’ do Produban

Na quinta-feira, 12, Renan Filho foi a Brasília, acompanhado de George Santoro, exclusivamente para uma audiência com o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini. Não foi a primeira, nem será a última reunião do governador e do secretário da Fazenda com diretores do BC. Afinal, eles tentam encerrar um processo que já tem mais de 20 anos: a liquidação do Produban (Banco do Estado de Alagoas).

Outras tentativas de venda do banco já foram realizadas em 2014, ainda na gestão de Téo Vilela, mas não apareceram compradores.

Para tornar o negócio mais atrativo o governo vai oferecer ao comprador, que deve ser outro banco, a movimentação da arrecadação do Estado e da folha de pessoal – um negócio que vale mais de R$ 50 milhões .

No final das contas, o esforço pode valer a pena. A venda do Produban pode render entre R$ 200 milhões e R$ 250 milhões ao governo de Alagoas.

A oferta do Produban será feita na Bolsa de Valores e ainda depende da aprovação do Banco Central. O negócio, acredita o secretário da Fazenda, George Santoro, deve ser concretizado em 2016.

O que torna o “passivo” do Produban atrativo é que o prejuízo financeiro e tributário do banco poderá ser utilizado pela instituição que comprar o antigo banco do estado, para reduzir o valor a pagar do imposto de renda.

Rateio com acionistas

Outro detalhe importante é que parte do valor a ser arrecadado no leilão de venda do Produban será distribuído com seus acionistas.

São milhares de pessoas, a maioria de Alagoas e muitos ex-funcionários.

Não é fácil

George Santoro reconhece que não será nada fácil vender o Produban. O processo é longo. “Começamos a trabalhar em janeiro deste ano e a oferta na bolsa de valores só será realizada no próximo ano, dependendo ainda de autorização do BC”.

Na prática o governo de Alagoas já tenta vender o banco há alguns anos, mas vem esbarrando em várias dificuldades. Uma delas é que vender “prejuízo” não é nada fácil. “Quem vai comprar precisa ter a certeza de o banco não tem outras dívidas ou problemas além dos relatos. Por isso contratamos uma auditoria independente, realizada pela FGV. Além disso, estamos oferecendo vários atrativos, o que nos leva a acreditar que a venda será concretizada em 2016”, aponta.

EJ

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Redação

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