Estado divulga estimativa do PIB alagoano para o segundo trimestre de 2015

Estado divulga estimativa do PIB alagoano para o segundo trimestre de 2015

Após realizar e analisar levantamentos econômicos sobre Alagoas, a Secretaria de Estado do Planejamento, Gestão e Patrimônio (Seplag) apresentou, nesta sexta-feira (13), os dados que compõem a estimativa trimestral do Produto Interno Bruto (PIB) alagoano para o segundo trimestre de 2015.

Em conformidade com o panorama atual da economia brasileira, que apresentou recuo de 2,6% na estimativa do PIB para o segundo trimestre de 2015, na comparação com igual período do ano anterior, a estimativa de Alagoas teve uma queda de 3,9%. O valor foi obtido fazendo uma comparação com uma base depreciada.

O índice acompanha o crescimento real da economia do Estado, por meio da evolução física de seus principais setores de atividade: agropecuária, indústria e serviços.

De acordo com o economista e gerente de Estatística e Indicadores da Seplag, Roberson Leite, a queda nos números alagoanos deu-se, principalmente, devido à conjuntura econômica nacional desfavorável.

“O cenário atual está marcado pela elevação da inflação, crise de recursos hídricos, ajuste fiscal e o aumento dos juros. Isso, é claro, acaba encarecendo o crédito. Por este motivo, é certo dizer que a economia alagoana, assim como a de outras regiões, acabou sendo atingida”, explicou o especialista.

Segundo os dados, o Valor Adicionado (V.A.) para a agropecuária alagoana, que compreende o valor gerado com a atividade produtiva tendo subtraído o consumo intermediário, registrou uma alta de 27,1%, devido a base de comparação está depreciada, uma vez que, para este mesmo período em 2014, a estimativa para o setor apresentou queda de 7,2%.

“Como estamos em um ano mais favorável do ponto de vista do volume pluviométrico, as variações positivas podem ser melhor compreendidas. Além disso, com o programa de distribuição de sementes do governo, houve um fortalecimento na produção alagoana”, destaca o economista, Alex Santos.

Em contrapartida, o estudo apontou que, na pecuária, houve uma redução no desempenho em relação ao abate de aves e bovinos, com quedas de 6,13% e 17,50%, respectivamente. Isto foi ocasionado, entre outros motivos, pelo aumento dos custos da produção e da última grande seca, ocorrida no ano de 2012, que afetou a produção de animais para o abate.

Indústria

Ainda conforme o estudo, o setor industrial alagoano, no período analisado, apresentou uma queda relativa de 9,2%. Isso se deu, principalmente, devido desempenho da indústria de transformação, cujo resultado foi de -12,5%.

“Esta queda é explicada pela conjuntura econômica atual que reflete na redução nas vendas deste subsetor, além de problemas encontrados em algumas unidades industriais”, salienta Alex Santos.

A diminuição do ritmo das obras do Programa de Aceleração do Crescimento II e do Programa Minha Casa, Minha Vida também colaboraram para a redução da atividade da indústria da construção civil, que apresentou resultado negativo de 4,9%.

Em relação ao setor de Serviços, o aumento gradual da taxa básica de juros (Selic), somado ao contexto de inflação, atingiu o setor, principalmente o subsetor do comércio, fazendo com que o V.A. desse segmento fosse reduzido em 2,7% no segundo trimestre de 2015.

“Em geral, percebe-se que este baixo desempenho não foi apenas em Alagoas. Alguns estados do Nordeste e do País também apresentaram essa tendência de queda. No fim, é preciso ressaltar que a política econômica atual, bem como as variações no clima alagoano, foram fatores que também contribuíram nos resultados apresentados no 1º semestre de 2015”, finalizou o superintendente da Sinc, Thiago Ávilla.

Os dados completos da pesquisa, assim como outras informações acerca de índices sociais e econômicos alagoanos, encontram-se disponíveis para consulta no site www.dados.al.gov.br.

Agência Alagoas

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