O convênio firmado entre a Cooperativa Pindorama e a Petrobras Biocombustíveis (Pbio), para compra e venda de coco seco, está beneficiando os agricultores familiares de Alagoas. A negociação feita com a estatal vai favorecer o pequeno produtor, que receberá um incremento de R$ 0,15 no preço do quilo do produto acima da cotação de mercado.
De acordo com Klécio Santos, presidente da Pindorama, o investimento no coco é um salto importante para Alagoas e abre um novo mercado para produtores do estado. “ O coco tem essa característica de ser uma cultura perene. Ela sofre menos do que outras matérias primas diante de qualquer interferência climática ou de praga do que uma outra cultura de ciclo curto e rápido”, relata o presidente.
De acordo com contrato, firmado em setembro, a meta é que a Petrobras adquira 950 toneladas do produto , para produção de biodiesel, em um período de 24 meses, sendo o valor pago acima do preço de mercado. “Quando se comercializa o coco da agricultura familiar nesses níveis de preço, você nivela o mercado e o puxa para cima, o que atinge os grandes produtores de forma significativa”, revela o presidente da Pindorama.
Inicialmente, o convênio atende produtores da região sul do estado. Para beneficiar o pequeno produtor, Pindorama também planeja a comercialização do coco em todo estado de Alagoas. Além disso, o investimento na viabilização do produto já tem mostrado resultados. De acordo com Klécio Santos, outras empresas tem procurado Alagoas para a produção de Biodisel.
“Nesse momento nossa meta é comercializar 100 toneladas de coco, o equivalente a 200 mil cocos. No próximo ano serão mais 900 toneladas do produto, isso apenas para a Pbio. Atualmente, estamos negociando com mais três empresas, que representam um volume maior ou igual a esse. Isso com certeza vai ser um salto importante para a cultura do coco no nosso estado”, conta o presidente.
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