Com o crescimento do movimento em favor do impeachment de Dilma Rousseff na Câmara Federal, o Palácio do Planalto passou a jogar suas fichas apostar no Senado, considerado hoje a mais segura barreira para evitar a interrupção do segundo mandato da presidente.
Segundo fontes do Palácio do Planalto, Dilma Rousseff confia que Renan Calheiros poderá barrar qualquer pedido de impeachment que chegue ao Senado.
A relação entre a presidente da república e o presidente do Congresso Nacional é cada mais próxima e mais sólida. Tanto que já se especula em Brasília que o senador voltará a indicar ao menos um nome para a equipe do novo ministério da petista.
O nome mais cotado para receber a indicação de Renan Calheiros é o senador Jader Barbalho, do PMDB do Pará. Ele deve ocupar um importante ministério, consolidando a aliança entre Dilma Rousseff e o presidente do Senado.
As mudanças serão anunciadas pela presidente nesta segunda-feira, 21. Renan Filho conversou muito com Dilma Rousseff nos últimos dias e, na contramão de Eduardo Cunha, passa a apostar na permanência da petista no Palácio do Planalto.
O senador alagoano sairá fortalecido politicamente na batalha do impeachment, mas deve desgastar, por conta disso, ainda mais sua imagem perante a opinião pública. Em contrapartida, ganhará força para garantir investimentos em Alagoas e apoio para o governo de Renan Filho.
Estadão diz que Planalto confia em Renan
Veja trecho de reportagem do Estadão, de São Paulo, sobre a relação de Renan Calheiros e Dilma Rousseff:
O mais Planalto conta votos no Senado e confia em Renan para barrar impeachment
BRASÍLIA – Diante do apoio recebido na Câmara dos Deputados pelo movimento em favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff, o Palácio do Planalto passou a apostar no Senado como a última e mais segura barreira para evitar a interrupção deste segundo mandato da petista.
O Senado é responsável por dar seguimento ao processo após a Câmara dos Deputados autorizar sua abertura. Na quinta-feira passada, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), recebeu o pedido de impeachment assinado pelos juristas Hélio Bicudo e Miguel Reale Júnior.
Diante dessa adversidade, os governistas mapearam o apoio a Dilma no Senado e já iniciaram o corpo a corpo com a base de apoio à presidente. Desde o retorno do recesso parlamentar, no início de agosto, o governo melhorou suas relações com o presidente da Casa, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), o que favorece as articulações.
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