Legendas importantes estão sendo ‘disputadas’ por deputados federais de Alagoas. O que está em jogo nesse momento é o quadro partidário para 2016 e, claro, as eleições de 2018. E, apesar da minirreforma política, que estica o prazo para filiações até abril do próximo ano, as mudanças devem acontecer ainda em 2015.
Na dança das cadeiras estão nomes conhecidos na política alagoana e pelo menos três deputados federais que devem mudar de legenda logo, logo: Marx Beltrão (PMDB), Cícero Almeida (PRTB) e JHC (Solidariedade). Alguns deputados estaduais também podem mudar de partido. É o caso de Sérgio Toledo (PDT) e Ronaldo Medeiros (PT), a julgar pelos últimos acontecimentos (Medeiros criticou publicamente o pacote da presidente Dilma Rousseff e Toledo indicou um assessor para presidir o PSC).
A vontade dos federais de deixar suas legendas já é conhecida. Almeida está em busca de um partido para chamar de seu, que viabilize sua candidatura a prefeito de Maceió em 2016. Marx tem razões semelhantes e motivos diferentes: disputar o Senado em 2018. E JHC entrou em rota de colisão com a direção nacional de seu partido.
Para onde eles vão? O que tem de disponível no “mercado”, hoje, basicamente são três legendas. O PSD que um dia foi de João Lyra foi oferecido aos três deputados, mas só ficará com um. O “favorito” na disputa, nesse momento, é Marx Beltrão, que está em fase de crescimento na política alagoana.
Já o PRB pode cair no colo de JHC ou Marx, enquanto o PSB pode ficar com Almeida ou JHC.
Fora essas legendas, não existe mais nada praticamente disponível entre as legendas mais importantes em Alagoas.
Os partidos maiores estão sob controle de políticos como Renan Calheiros, Renan Filho, Fernando Collor, Benedito de Lira, Téo Vilela, Ronaldo Lessa, Maurício Quintella e Givaldo Carimbão.
Dependendo de como se movimentem agora os deputados federais e estaduais vão influenciar mais ou menos nas próximas eleições, especialmente em Maceió.
Até o momento o maior problema de Almeida é garantir a mudança para um partido com bom tempo de televisão e sem o risco de perder o mandato. Se conseguir isso, ele passa para a segunda fase que é tentar reunir o apoio de líderes políticos ao seu nome. A tarefa não será fácil, mas essa é outra história.
Author Description
