O secretário da Fazenda de Alagoas se esforçou para definir a situação financeira do estado, traduzindo o cenário econômico em cores .
A ser perguntado se acendeu a luz amarela, reagiu como um “artista” e pintou o quadro: “na verdade o sinal está mais para um laranja forte, quase vermelho”.
A situação hoje só não é pior, aponta George Santoro, porque o Estado fez o dever de casa, no começo na gestão: “se não fossem os cortes de despesas, as dificuldades seriam maiores, com riscos até de honrar o pagamento dos compromissos”.
O que Santoro espera – e todos nós – é que julho tenha sido o pior mês da crise econômica nacional. “Acreditamos que a partir de agosto a economia do país comece a reagir. Se isso não acontecer, as dificuldades vão aumentar”.
O que dizem os números?
A inflação até julho foi de 8,89% pelo IPCA. No mês passado a receita de ICMS cresceu apenas 2,7% e a do FPE 4,2%. No acumulado dos sete primeiros do ano, a arrecadação de ICMS chega a R$ 1,81 bilhão com alta de 8,03% em comparação a igual período do ano anterior. Em igual período o FPE registra repasses de R$ 1,56 bilhão e alta de 7,35% no acumulado do ano.
Nos dois casos, a receita está abaixo da inflação e refletem a crise na economia. Além de cortar gastos, o governo de Alagoas já adotou a política do arrocho fiscal, fechando o cerco contra contribuintes. Do ponto de vista doméstico, já não há mais o que fazer – literalmente. Resta agora é esperar para que o Brasil saia do atoleiro.
EJ