5% x 6,41%: impasse continua, mesmo após intermediação do TJ

5% x 6,41%: impasse continua, mesmo após intermediação do TJ

O resultado foi o esperado. A intermediação do presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas não conseguiu mudar os rumos das negociações salariais entre os representantes do Poder Executivo e lideranças dos servidores.

O impasse continua. A CUT/AL, que representa os servidores nas negociações, não abre mão dos 6,41% do IPCA. O trio de secretários que represam o Executivo na mesa de negociação do Gabinete manteve os 5% – em caráter irredutível.

A reunião foi realizada na sede do TJ/AL e contou com a participação de dirigentes da CUT/AL, secretários de Estado e desembargadores.

Durante a reunião o presidente do TJ/AL, desembargador Washington Luiz – que se ofereceu para fazer a intermediação – chegou a sugerir que o governo “jogasse” para 2016 os 1,41% que faltam para as duas partes chegarem ao entendimento.

O diretor da CUT/AL, Izac Jacson, chegou a propor uma espécie de gatilho – em que a diferença de 1,41% seria dada caso a receita do Estado aumentasse acima do previsto.

Segundo a presidente da CUT/AL, Rilda Alves, a negociação não avançou porque o governo manteve a proposta de 5% de reajuste: “Rejeitamos mais uma vez”.

Não houve acordo. Fábio Farias (Gabinete Civil) avisou que ele, assim como os secretários George Santoro (Fazenda) e Christian Teixeira (Planejamento e Gestão) tinha chegado ao limite. “Não temos condições de oferecer além do que foi oferecido”.

Qualquer decisão diferente, qualquer proposta, avisa Christian Teixeira, será um “ato político do governador”. O secretário diz que não pode correr o risco de propor um reajuste que ameace as finanças públicas: “se amanhã o governo atrasar salários, como já ocorreu no passado por falta de planejamento, o que vão dizer?”, questiona.

Já o desembargador Washington Luiz avisou que vai conversar com o governador Renan Filho sobre as negociações. O TJ/Alagoas deve promover nova reunião com servidores e representantes do governo na próxima semana. Até lá, tudo continua como está.

“Enquanto as negociações continuarem os demais servidores ficam prejudicados. Se já tivesses chegados a um entendimento o projeto de lei do reajuste já teria sido votado e o percentual retroativo a maio (1%), já seria sido implantado nos salários”, aponta Fábio Farias.

EJ

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Redação

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