Governo deve ir à Justiça contra ‘radicalização’ de servidores

Governo deve ir à Justiça contra ‘radicalização’ de servidores

O bloqueio do prédio sede da Secretaria da Fazenda de Alagoas nessa sexta-feira, 17, acabou com o clima de ‘harmonia’ que existia – se é que existia – entre a CUT/AL e o governo estadual.

Os secretários que representam o Executivo na mesa de negociação com os servidores condenaram o de ‘radicalização’, que  foi classificado de ‘inoportuno’ e ‘antidemocrático’.

Fábio Farias (Gabinete Civil), George Santoro (Fazenda) e Christian Teixeira (Planejamento e Gestão) avisaram, em diferentes momentos, que esgotaram a capacidade de negociação e não podem ir além dos 5% para os servidores e 7% para a Educação. Além disso só o governador.

Se não houver fato novo no processo e o movimento dos servidores voltar a usar estratégias semelhantes a de sexta-feira, o governo deve adotar ‘remédios jurídicos’ para enfrentar o problema.

Na sexta-feira, 17, o secretário Christian Teixeira se reuniu com o com o Presidente do TJ/AL, Washington Damasceno, que está disposto a figurar como mediador na solução da demanda com os servidores.

“Na oportunidade demonstrei a real situação do Estado e o por quê da proposta apresentada. O Presidente juntamente com os juízes auxiliares concordaram com os nossos argumentos, mas de toda sorte estamos abertos ao diálogo no sentido de chegar a um consenso”, resume Teixeira.

Christian Teixeira: Boa tarde! Ontem estive reunido com o Presidente do TJ, pois ele está disposto a figurar como mediador na solução da demanda com os servidores. Na oportunidade demonstrei a real situação do Estado e o por quê fã proposta apresentada. O Presidente juntamente com os juízes auxiliares concordaram com os nossos argumentos, mas de toda sorte estamos abertos ao diálogo no sentido de chegar a um consenso.

O secretário criticou a ação dos servidores: “da forma que a CUT agiu, impedindo os servidores de trabalhar na sede da SEFAZ em nada avança nas conquistas dos servidores. A população não apoia esse tipo de atitude, principalmente pela postura de diálogo que o atual governo vem adotando junto aos representantes das categorias dos servidores públicos. A proposta de 5% apresentada pelo governo só foi possível depois de muito estudo e disposição do governador Renan Filho, pois diversos estados da federação não tem apresentado proposta alguma”.

Teixeira avisa que “na condição de secretários de Estado eu e George chegamos ao limite máximo” e adianta que “o governo adotará os remédios jurídicos cabíveis no sentido de assegurar a população alagoana a devida prestação dos serviços público”.

Versão dos servidores

A CUT/AL registrou o bloqueio da Sefaz em sua página no Facebook. Veja:

Os servidores públicos estaduais ocuparam o prédio da Secretaria da Fazenda, no início da manhã desta sexta-feira (17) para cobrar do governador Renan Filho uma proposta de pagamento do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) mais ganho real e avanço nas negociações dos servidores públicos.

Os servidores também fecharam os prédios das secretarias da Agricultura, Seveal, Secretaria da Mulher e Seplag.

Na página do Sindipol/AL  tem um texto sobre o ato. Veja:

17 de Julho é marcado pela luta por salário com fechamento de secretarias

Por 12 horas, os servidores públicos estaduais fecharam as portas das secretarias da Fazenda, do Planejamento e Gestão, da Agricultura, da Mulher e a da Serveal para cobrar do governo Renan Filho a proposta de pagamento do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) mais ganho real. A manifestação ocorreu em uma data histórica, o 17 de Julho, em que se comemora a luta popular que retirou do poder o governo Suruagy em 1997.

…O presidente do Sindpol, Josimar Melo, esclarece que a mobilização na Secretaria da Fazenda buscou cobrar do governo uma proposta em relação ao IPCA mais ganho real. “Os servidores públicos recusaram o reajuste de 5% parcelado. O Movimento Unificado entende que o Estado tem condições de conceder os 15% de reajuste”.

…O Movimento Unificado irá realizar uma reunião, na próxima terça-feira (21), na sede da CUT, para avaliar o protesto e definir novas atividades de mobilização.

Veja aqui o texto completo aqui .

Edivaldo Junior

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Redação

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