Lei não garante 13,01% para Educação, avisa Christian Teixeira

Lei não garante 13,01% para Educação, avisa Christian Teixeira

Para o governo, o momento é de “sacrifícios”, de corte de gastos, de redução de despesas. A crise econômica nacional e a falta de perspectivas de aumento da arrecadação, além da ultrapassagem do limite da LRF, são argumentos utilizados pelos representantes do Executivo na mesa de negociação salarial com representantes dos servidores.

Nada disso parece convencer algumas categorias. Depois de Polícia Civil, agentes penitenciários e militares,agora é a vez dos professores da rede estadual entrar em greve. A paralisação começa na próxima quinta-feira, 16.

O governo renova o apelo para que os servidores aceitem a proposta que no caso da Educação, por conta do Fundeb,foi de 7%, enquanto para as demais categorias o reajuste proposto é de 5%.

O secretário de Planejamento e Gestão, Christian Teixeira, lamenta a greve e acredita que ela pode ter sido motivada, em parte, pelas eleições que serão realizadas no Sinteal, ainda este ano.

“A situação é de sacrifício. Vamos ver o que pode ser feito este ano e ano que vem vamos trabalhar com antecedência”, pondera.

O secretário diz ainda que no caso do Sinteal os professores estão alegando que o governo não quer repassar o reajuste de 13,01% previsto na le.

“Essa lei não existe. Se existisse, teriam ingressado na Justiça e nunca ingressaram. Eles sabem que não é direito, mas dizem que a lei é geral, Não é. A lei é só para o magistério (nível médio). É Justo? É justo, mas não que seja direito adquirido. O estado, já explicamos, não tem como dar um reajuste maior por conta do peso da folha dos aposentados”, expliva,

Versão oficial

O Sinteal distribuiu texto sobre a greve dos servidores. Veja.

Greve! Escolas estaduais param na próxima quinta-feira 16

Trabalhadoras/es da educação deflagram greve e planejam agenda de mobilizações na capital e interior

Em clima de indignação, as/os trabalhadoras/es da rede estadual de Educação, em assembleia geral realizada na manhã desta 6ª feira (10/07), na sede do Sinteal, no Mutange, decidiram entrar em greve por tempo indeterminado a partir da próxima quinta-feira (16). Em campanha salarial pela aplicação do reajuste de 13,01% para toda a categoria, e por outros pontos de pauta, que incluem reformulação do Plano de Carreiras e convocação de concursados, a categoria cansou das muitas rodadas de negociação sem avanços, disse “NÃO” à irreal proposta de 7% (parcelados em 03 vezes) do governo, deflagrando a justa greve e aprovando uma agenda de mobilizações públicas em Maceió e em várias cidades do interior do estado.

Sinteal na luta

O Sinteal, que participa do movimento unificado dos servidores públicos estaduais, que reúne diversas categorias – organizadas pela CUT – para o enfrentamento com o governo estadual, sempre alertou a sociedade sobre o fato de que, durante as eleições, o ainda candidato Renan Filho prometia em discursos de palanque e em propagandas de campanha “priorizar a educação e os servidores públicos”. A verdade veio à tona muito rápido, e é a seguinte: o Governo Renan Filho NÃO CUMPRIU a PALAVRA! Senão, vejamos: a data-base da rede estadual é maio, e a primeira proposta só foi apresentada pelo governo em junho. As rodadas de negociação seguintes trouxeram poucos avanços, apesar dos estudos apresentados pelo Sinteal ao governo provarem que a educação tem recursos suficientes para aplicar o reajuste exigido.

“A situação é grave, e a solução é greve! Já esperamos tempo demais. Este governador está brincando com os servidores públicos. Ele aprofundou a crise na educação”, afirmou Consuelo Correia. A proposta de greve foi aprovada pela plenária, assim como um primeiro calendário de mobilizações, que acontecerão em Maceió e no interior, a partir do próximo dia 16/07 (5ª feira).

Já no dia 17/07 (6ª feira) acontecerá um ato público conjunto com as outras categorias de servidores estaduais, organizado pela CUT, que relembrará o histórico 17 de julho de 1997 (quando houve a queda do Governador Divaldo Suruagy), momento para um protesto de peso dos trabalhadores e trabalhadoras em Alagoas contra o “governo” Renan Filho.

Edivaldo Junior

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Redação

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