Mais da metade dos Microempresários continuam inadimplentes

Mais da metade dos Microempresários continuam inadimplentes

Dados da Receita Federal do Brasil (RFB) apontam que mais da metade dos 5 milhões de Microempreendedores Individuais (MEI) registrados no país estão inadimplente com os pagamentos de seus tributos ao governo, estados e Municípios. A situação preocupa os gestores municipais que apostavam que a formalização de microempresários contribuiria para o aumento das receitas nos entes federados.

Até maio deste ano, a média nacional de inadimplência ultrapassa 53% dos empreendedores. O levantamento da Receita também fez o cálculo da inadimplência nas regiões brasileiras. Nesse aspecto, os maiores índices estão concentrados na Região Norte. Os Municípios do Amapá lideram a inadimplência com 74,24% dos empreendedores. O Acre vem em segundo com 70,15%, seguido pelo Amazonas, com 69,37%; Roraima, 63,37% e Pará com 62,23%.

A formalização de vários microempresários através da criação do MEI gerou expectativa nos gestores. Eles acreditavam que a regularização seria uma alternativa de arrecadação de impostos. Também confiavam que a formalização dos microempresários que atuavam na informalidade e hoje pagam um valor simbólico de tributos federais poderia mudar com o tempo. Os gestores entendiam que o fortalecimento dos microempresários faria com que eles tivessem condições de pagar os impostos regularmente.

Projetos em tramitação

O incentivo a formalização de microempresários atraiu um volume significativo de contribuintes. Entretanto, o resultado até agora é que vários não quitam com suas obrigações perante a Fazenda Municipal, o que prejudica a gestão financeira dos Municípios.

Além disso, mesmo com o alto nível de empreendedores que não estão cumprindo com o pagamento de tributos, alguns projetos com tramitação avançada no Congresso visam aumentar o limite de faturamento permitido ao MEI. Um exemplo é o texto do PLP 448/2014 que aumenta o faturamento deles de R$ 60 mil para R$ 120 mil. Se a medida for aprovada, provocará perdas que podem alcançar o montante de R$ 3 bilhões na arrecadação do Imposto Sobre Serviço (ISS).

A aprovação desse tipo de proposta preocupa a Confederação Nacional de Municípios (CNM) que faz um alerta aos gestores. A entidade entende que é necessária uma mobilização imediata para que projetos como este não sejam votados. A CNM comunica que irá apresentar emendas ao substitutivo do relator da comissão especial do Simples Nacional. O texto segue para apreciação em plenário da Câmara dos Deputados.

Confira a situação nos municípios alagoanos

Água Branca AL – 27,88%

Anadia AL – 58,57%

Arapiraca AL – 54,69%

Atalaia AL – 59,32%

Barra de Santo Antônio AL – 62,50%

Barra de São Miguel AL – 48,67%

Batalha AL – 61,08%

Belém AL-46,15%

Belo Monte AL -60,87%

Boca da Mata AL – 57,29%

Branquinha AL – 80,36%

Cacimbinhas AL – 36,36%

Cajueiro AL -61,01%

Campestre AL -52,50%

Campo Alegre AL – 51,35%

Campo Grande AL -62,16%

Canapi AL – 73,81%

Capela AL – 66,23%

Carneiros AL – 42,86%

Chã Preta AL – 54,55%

Coité do Nóia AL -47,92%

Colônia Leopoldina AL 1- 38,46%

Coqueiro Seco AL – 40,00%

Coruripe AL – 63,55%

Craíbas AL – 28,69%

Delmiro Gouveia AL – 51,47%

Dois Riachos AL – 38,64%

Estrela de Alagoas AL – 48,33%

Feira Grande AL -48,04%

Feliz Deserto AL 33 89 37,08% 62,92%

Flexeiras AL -36,05%

Girau do Ponciano AL – 62,44%

Ibateguara AL – 47,46%

Igaci AL – 49,62%

Igreja Nova AL – 60,12%

Inhapi AL -44,16%

Jacaré dos Homens AL – 71,11%

Jacuípe AL – 72,00%

Japaratinga AL – 62,04%

Jaramataia AL- 52,17%

Jequiá da Praia AL – 37,30%

Joaquim Gomes AL – 49,64%

Jundiá AL -60,00%

Junqueiro AL – 53,49%

Lagoa da Canoa AL -50,43%

Limoeiro de Anadia AL – 56,64%

Maceió AL – 61,70%

Major Isidoro AL – 60,54%

Mar Vermelho AL -52,73%

Maragogi AL 217 483 44,93% 55,07%

Maravilha AL -46,43%

Marechal Deodoro AL – 54,38%

Maribondo AL -55,19%

Mata Grande AL -69,57%

Matriz de Camaragibe AL – 62,07%

Messias AL – 58,98%

Minador do Negrão -45,00%

Monteirópolis AL -51,67%

Murici AL – 66,73%

Novo Lino AL- 44,55%

Olho d’Água das Flores AL-43,01%

Olho d’Água do Casado AL – 45,98%

Olho d’Água Grande AL – 47,06%

Olivença AL -38,24%

Ouro Branco AL 58 123 47,15% 52,85%

Palestina AL – 58,70%

Palmeira dos Índios AL – 54,56%

Pão de Açúcar AL – 56,69%

Pariconha AL- 37,14%

Paripueira AL -67,73%

Passo de Camaragibe AL- 48,74%

Paulo Jacinto AL – 43,01%

Penedo AL – 59,54%

Piaçabuçu AL – 56,52%

Pilar AL – 56,93%

Pindoba AL -35,71%

Piranhas AL – 58,29%

Poço das Trincheiras AL – 24,19%

Porto Calvo AL – 51,29%

Porto de Pedras AL -46,22%

Porto Real do Colégio AL -66,67%

Quebrangulo AL – 70,16%

Rio Largo AL – 52,36%

Roteiro AL 38 94 40,43% 59,57%

Santa Luzia do Norte AL – 52,69%

Santana do Ipanema AL – 51,08%

Santana do Mundaú AL – 50,00%

São Brás AL – 48,72%

São José da Laje AL – 47,37%

São José da Tapera AL – 53,66%

São Luís do Quitunde AL – 55,62%

São Miguel dos Campos AL -51,84%

São Miguel dos Milagres AL -41,33%

São Sebastião AL – 46,13%

Satuba AL – 50,00%

Senador Rui Palmeira AL -32% 40,68%

Tanque d’Arca AL – 61,54%

Taquarana AL – 55,17%

Teotônio Vilela AL – 55,78%

Traipu AL 53 – 50,00%

União dos Palmares AL – 60,18%

Viçosa AL – 59,31%


Fonte: AMA/AL

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Redação

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