Encontrar uma forma de oferecer mais oportunidades de inclusão e geração de renda para os adolescentes de Maceió. Esta foi a proposta da Plataforma de Centros Urbanos de Maceió para a reunião realizada, nessa quinta-feira (09), na Casa da Indústria. Para o encontro foram convidados representantes de diversas instituições como potenciais parceiros, entre eles, Sebrae, Senac, Ciee, Ufal, Secretaria Municipal do Trabalho, Abastecimento e Economia Solidária (Semtabes) e outros órgãos municipais e estaduais.
Na oportunidade, a ONG São Bartolomeu, que atua diretamente com os jovens das cinco regiões prioritárias de Maceió dentro das ações da PCU/Unicef, também esteve presente.
De acordo com Juliana Vergetti, secretária-adjunta municipal do Trabalho, Abastecimento e Economia Solidária e articuladora da PCU em Maceió, a proposta não é tirar estes jovens da sala de aula e levar para o mercado de trabalho, é criar o suporte que eles precisam. “Sabemos que muitos destes adolescentes entram no mundo da violência em busca de uma renda para ajudar a família ou para conseguir comprar as coisas que todo adolescente quer, se vestir, consumir produtos. Então, não podemos fechar os olhos para isso. Precisamos criar meios para dar este suporte da melhor forma possível para que eles continuem os estudos, mas tenham, por outro lado, uma ajuda de custo, um incentivo. Temos o exemplo do Programa Jovem Aprendiz. Então, vamos refletir de que forma poderemos ajudar a estes jovens destas comunidades das regiões prioritárias a terem acesso a programas como este”, explicou.
As consultoras do Unicef Luiza Leitão e Cláudia Farias coordenaram os trabalhos durante o encontro e apresentaram as ações da PCU Maceió e a importância dessa parceria com a Prefeitura. O projeto “Trabalho, Oportunidades, Demandas e Projeção Profissional” foi apresentado por Cláudia para que as instituições presentes pudessem destacar de que forma podem contribuir com esta ação, que faz parte da programação da PCU Maceió 2015.
“O projeto está dividido em duas oficinas e uma feira de oportunidades e é feito todo de forma participativa. Queremos ouvir estes jovens das comunidades e auxiliá-los nesta relação trabalho, renda, educação e futuro”, disse Cláudia.
Segundo Juliana, 10 adolescentes de cada uma das cinco regiões prioritárias irão participar deste projeto que será piloto, inclusive, para as outras Plataformas de Centros Urbanos. A ideia é que estes jovens tornem-se disseminadores, líderes nas suas próprias comunidades.
A secretária municipal do Trabalho, Abastecimento e Economia Solidária, Solange Jurema, também participou do encontro e destacou a necessidade de uma educação mais qualitativa. “Por meio do Sine, fazemos a intermediação de mão-de-obra e percebemos que muitas vezes, os jovens que estão em busca do primeiro emprego têm até o diploma de Ensino Fundamental ou Médio, mas perdem em testes básicos de Português e Matemática. Então temos que trabalhar juntos para melhorar a qualidade deste ensino também como ferramenta neste trabalho junto aos jovens”, destacou.
A gerente da Unidade de Educação do Sebrae Alagoas, Silvia Chamusca, confirmou a parceria do Sebrae no projeto. “Temos diversos projetos dentro do Sebrae que trabalha o empreendedorismo com os jovens, então, temos todo o interesse em contribuir com as ações da PCU para a inclusão destes adolescentes maceioenses. Para as oficinas já podemos garantir a alimentação deles, mas queremos contribuir de uma forma mais continuada neste contexto”, disse.
Outras sugestões surgiram e, em breve, as datas para as oficinas e a Feira de Oportunidades serão divulgadas
Ascom Semtabes
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