Usinas retomam pagamento a fornecedores de cana em AL

Usinas retomam pagamento a fornecedores de cana em AL

São apenas 20 usinas e 7,4 mil fornecedores de cana em Alagoas. Saber quais e quantas estavam totalmente em dia ou na inadimplência completa com os produtores não é tarefa difícil.

Revelar nomes e valores pode até render bons discursos ou matérias de repercusão na mídia, mas nada indica que isso vá “forçar” nenhum pagamento. Ao contrário.

Foi partindo desse pressuposto que Edgar Filho ao assumir, há cerca de um mês, a presidência da Associação dos Plantadores de Cana de Alagoas, começou sua jornada como líder de classe.

No lugar do discurso fácil, ele preferiu buscar o entendimento. A estratégia parece ter surtido efeito.

Após a audiência pública na Assembleia Legislativa, no dia 30 de junho passado, que debateu a crise enfrentada pelo setor sucroenergético, o presidente da Asplana, Edgar Filho, adianta que parte das usinas – em débito com os fornecedores de cana – começaram a regularizar a situação.

“O pagamento foi iniciado e muitas delas começaram a negociar com os fornecedores uma programação para quitar os atrasados pela cana comprada na safra 14/15. Há uma sensibilização por parte das indústrias em resolver as pendências”, afirmou Edgar Filho.

Segundo o presidente da Asplana, a retomada dos pagamentos é fruto do trabalho de mobilização realizado em parceria com o Sindaçúcar-AL. “Diante de um cenário de crise, o momento atual é de união de forças”, enfatiza Edgar Filho.

E o governo?

Nesse cenário, é provável que as baterias dos produtores se voltem, agora, para os governos do Estado e federal. No primeiro caso, os produtores lutam pela retomada do crédito presumido, direito previsto em lei, que o estado deixou de cumprir. No segungo, o esforço é pela lieração da subvenção da cana (que não deve sair enquanto Joaquim Levy for ministro da Fazenda).

Ao seu estilo, o novo presidente da Asplana já pediu e aguarda agora uma audiência com o governador Renan Filho.E avisa que quer trabalhar com o Estado na mesma linha: “vamos buscar o diálogo e o entendimento”, adianta.

Edivaldo Junior

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Redação

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