Semarh lista ações realizadas no primeiro semestre de 2015

Semarh lista ações realizadas no primeiro semestre de 2015

Seis meses após o início do governo Renan Filho, a Agência Alagoas prepara uma série especial de entrevistas com os gestores responsáveis pelas secretarias de Estado. Balanços, ações, e perspectivas vão entrar em pauta nas próximas semanas, para deixar o leitor por dentro de tudo que de mais importante ocorreu em Alagoas no primeiro semestre de 2015.

Para dar início à série, o primeiro convidado é o secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Alexandre Ayres. O secretário elencou as principais atividades da pasta e destacou aquela que será a meta prioritária da Semarh para os próximos anos: a educação ambiental.
Educação esta que, segundo o secretário, será reforçada após a execução da política estadual de conscientização ecológica. O projeto, que foi encaminhado ao Gabinete Civil e posteriormente será remetido à Assembleia Legislativa (ALE), está de olho em fomentar, principalmente, os ensinamentos ambientais junto a pequenos, importantes aliados na busca pela preservação do meio ambiente.

“A criançada é a nossa principal aposta. Elas serão os nossos multiplicadores, pois uma criança que se forma com esses conceitos de educação ambiental tem o poder de, até inconscientemente, replicar isso junto aos adultos. Aguardamos as aprovações do Gabinete Civil e da Assembleia para que possamos dar início a esse projeto tão importante”, afirmou.

Concessão de outorgas

Logo no início da gestão, Ayres explica que algumas dificuldades foram identificadas no que se refere aos processos administrativos internos. Dentre as reivindicações, os alagoanos cobravam mais celeridade à concessão de outorgas, ou seja, o direito de uso antes da implantação de qualquer empreendimento. O mais comum destas solicitações são as de perfurações de poços artesianos.

Em parceria com a Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal), a Semarh vem colhendo informações sobre poços irregulares em Maceió. No Agreste, por exemplo, foram identificadas pessoas que estão comercializando irregularmente água oriunda dos poços em outras cidades.
“Existia uma demanda reprimida aqui na secretaria, de pessoas que davam entrada na outorga, mas que, por conta da demora, passaram a perfurar poços de maneira irregular. Estamos fazendo um trabalho de fiscalização para regularizar tudo isso. É preciso disseminar a cultura da educação ambiental. Primeiro, vamos alertar a respeito das não conformidades e, caso o problema persista, aí nós iremos adotar penalidades”.

Recuperação de nascentes

Outro ponto destacado pelo secretário foi no quesito recuperação de nascentes. Segundo ele, investir na manutenção dos nascedouros de rios é uma alternativa mais que eficiente quando a pauta é conservação de ecossistemas e a distribuição de água.
Ainda considerado artesanal, o projeto tem alto índice de efetividade. Quando há comunidade próxima, é implantado um sistema de bombeamento para um ponto alto. Uma vez armazenada, a água desce para as casas por gravidade. Em Capela, por exemplo, cerca de 500 famílias foram atendidas no último mês de maio.

“Além de recuperar essa nascente, disseminamos também a cultura da preservação. A população passa a encarar aquela nascente como uma fonte diferente. Antes eles precisavam ir até lá, e dividir o rio com os animais. Hoje a água chega na torneira. Esse trabalho é contínuo”, lembrou Ayres, que também adiantou novidades para os próximos meses.
“Estamos para entregar nos próximos meses, dez nascentes em São José da Lage. Em Boca da Mata também, e a previsão é que a água chegue a 2.500 pessoas na comunidade Peri-peri. O sertão também tem nascentes a serem recuperadas, que estão na fila”.

Confira abaixo o que pensa o secretário sobre outros pontos na questão ambiental em Alagoas

Coleta de resíduos sólidos

“A politica nacional determina que a obrigação na coleta de resíduos é tripartite. Aos municípios, é obrigação a eliminação dos lixões, porém, para nós, isso é investir de trás para frente. Desde que assumimos, não concordamos que essa atribuição fique apenas com os municípios. Estamos contribuindo para a construção dos aterros nessas cidades, porém, cobramos como contrapartida maiores investimentos em educação ambiental. Melhorar a coleta seletiva, o trabalho dos catadores e a consciência da população”.

Ampliação dos programas federais Água Doce e Água para Todos

“Todo semiárido nordestino é de água salobra. Não adianta perfurar o poço sem um dessalinizador. O programa Água Doce pega 40% dessa água, a trata, e a disponibiliza a população em chafarizes. O restante é colocado em tanques para a criação de tilápias. Alagoas é o projeto piloto, com cinco tanques. Estamos ampliando essa rede, e queremos entregar mais 30 sistemas desse em todo o estado”.
Já o Água para Todos são sistemas de abastecimento, onde a água dessalinizada chega na torneira do cidadão. Esta rede também está sendo ampliada junto ao Ministério da Integração até o fim do ano para mais municípios. Apesar de serem programas federais, cabe à Semarh executá-los”.

Maquinas perfuratrizes

“A nossa cultura precisa ser mudada em relação à seca. A seca não dá para ser combatida. É um fenômeno natural. Nós precisamos nos preparar para saber conviver melhor com ela. Este ano estamos trabalhando com planejamento. Uma das ações é a perfuração de poços. Hoje temos duas máquinas perfuratrizes disponíveis. Temos uma meta de perfurar 240 poços em 12 meses por todo o Estado, em todas as regiões. Os técnicos fazem os estudos e as perfurações são feitas em locais de prévia constatação de viabilidade”.

Canal do Sertão

Foi feito uma obra fantástica, mas a gestão precisava ser revista. Hoje, ela é de nossa responsabilidade. Com o apoio do Fundo de amparo à Pesquisa de Alagoas (Fapeal) e da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), estamos estudando melhores formas de encaminhar essa água ao sertanejo, de maneira gratuita e mais eficiente.

Agência Alagoas

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