Governo avisa que 5% é o limite e espera acordo com servidores

Governo avisa que 5% é o limite e espera acordo com servidores

Hábil no mundo das articulações políticas, Renan Filho está ‘estreando’, junto com toda a sua equipe, no ‘jogo’ da negociação salarial com servidores do estado. A ‘disputa’ não é nada fácil para o governador. Do outro lado da mesa estão muitos dos seus aliados de campanha eleitoral ou representantes de categorias como os militares, responsáveis por resultados positivos de sua gestão.

O cenário também não favorece. O limite máximo da LRF é apenas um “detalhe”. O que mais preocupa Renan Filho e os homens que ajudam a calcular passado, presente e futuro financeiro do estado é o desempenho da arrecadação daqui por diante.

Christian Teixeira (Seplag) e George Santoro (Fazenda) trabalham combinados. Um afia a faca para aumentar os cortes de gastos. O outro aperta o cerco contra contribuintes para aumentar a arrecadação.

E foi fazendo projeções com base na redução de despesas e na expectativa de crescimento da receita no segundo semestre do ano – quando se espera que a economia do país vai melhorar – que o governo apresentou proposta de reajuste para os militares igual aos demais servidores no tamanho, mas diferente no prazo.

O governo manteve 5% para todos – exceto nível superior da educação que terá 7% (justificado porque o pagamento é feito pelo Fundeb).

No caso dos militares o reajuste será de uma só vez, em dezembro. Para os demais servidores, a proposta é de 1% retroativo a maio, mais 2% em outubro e outros 2% em dezembro.

O percentual, aponta Teixeira, é o máximo que se pode chegar. “Estamos cortando o que é possível e apertando a arrecadação. Propusemos um reajuste baseado em projeções para os próximos meses. Não tem mais o que fazer nesse momento”, resume.

O governador tem acompanhado, como um estrategista, todas as negociações, sem participar diretamente das reuniões. Ontem, ele revelou a um amigo que está jogando para não ter greve, embora saiba que tem alguns torcendo pelo contrário.

O que ele, Renan Filho, espera agora é que os servidores aceitem a proposta de reajuste 5%.

O esforço, avisa, é para chegar ao consenso: “a proposta está na mesa. Alagoas está oferecendo um dos maiores reajustes do país este ano. O que esperamos agora é a compreensão dos servidores com as dificuldades que o estado enfrenta”.

Seja como for, Renan Filho espera dedicar mais tempo a partir de agora a ‘agenda positiva’, concentrando esforço em outras demandas que chegam, de sobra, à sua mesa todos os dias.

Edivaldo Junior

Author Description

Redação

Sem Comentários ainda.

Participe do debate