Com fim da safra de cana, 25 mil perdem empregos em Alagoas

Com fim da safra de cana, 25 mil perdem empregos em Alagoas

Mais da metade dos trabalhadores rurais do setor sucroalcooleiro de Alagoas perderam seus empregos em maio deste ano, com o fim da safra de cana no Estado. A informação é da Fetag-AL.

As usinas e os fornecedores de cana de Alagoas deram baixa em mais de 25 mil carteiras de trabalho. O número de demitidos só não foi maior porque algumas indústrias, seguindo recomendação do Sindaçúcar-AL, priorizam a adoção do ‘Bolsa Qualificação’, programa do Ministério do Trabalho que “troca” o seguro-desemprego por um curso de qualificação.

Nesse programa os trabalhadores mantém vínculo com a empresa, recebendo o pagamento equivalente ao que receberiam de seguro desemprego e ao final do período voltam a trabalhar normalmente.

A Fetag-AL distribuiu texto sobre as demissões. Veja:

Mais de 25 mil trabalhadores foram demitidos na entressafra da cana em Alagoas

Com o fim da safra 14/15, a Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Estado de Alagoas (Fetag-AL) declarou que, aproximadamente, 25 mil canavieiros perderam o emprego no setor sucroenergético alagoano.

De acordo com levantamento realizado pela Secretaria de Assalariados da Fetag-AL, as 20 usinas que entraram em funcionamento no ciclo passado demitiram juntas mais de 20 mil trabalhadores.

Segundo a entidade de classe, quando é acrescido ao levantamento a mão de obra que atuava com os fornecedores de cana, o número de postos de trabalho extintos na entressafra sobe para 25 mil.

“No geral, foram empregados na safra 14/15 algo em torno de 50 mil trabalhadores. Mas, com o fim da moagem, apenas 15 mil permaneceram empregados nas usinas e cinco mil nos fornecedores. O restante foi demitido”, informou Domingos.

Apesar da redução dos postos de trabalho na área rural do setor canavieiro, uma prática comum no período da entressafra da cana, a Fetag-AL constatou que várias usinas incluíram os trabalhadores no programa de bolsa de qualificação do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).

 “Com isso, eles tiveram os contratos de trabalho suspensos no período da entressafra e durante três meses participarão de cursos e receberão uma bolsa qualificação. Assim que a safra começar, eles serão recontratados”, esclareceu Domingos.

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Redação

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