Para o pesquisador da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e diretor Técnico da Asplana, Antonio Rosário, uma das saídas para combater a crise que castiga o setor sucroenergético estaria na recuperação dos preços dos produtos derivados da cana.
“A crise não é exclusiva de Alagoas. O setor em todo o país é penalizado com este problema. É uma commodity que tem influência do mercado externo. Quando falta preço para os produtos industrializados – açúcar cristal, VHP, etanol anidro e hidratado – o industrial não é remunerado e, por tabela, os fornecedores também que não recebem por essa comercialização”, afirmou Rosário.
De acordo com o pesquisador, o setor está passando por dificuldades sem ter condições de cobrir os custos, tanto da parte industrial quanto agrícola, deixando as empresas e, consequentemente, os fornecedores endividados.
“Precisamos de medidas por parte do Governo Federal que sejam sensíveis para o Nordeste. É uma região que tem uma realidade diferente. Alagoas, por exemplo, vive exclusivamente do setor primário que é a cana-de-açúcar. A cadeia produtiva é fechada. Não temos alternativa a não ser a cana. É uma lavoura de grande aceitação e adaptação no Nordeste. Por este motivo, precisamos de uma maior consciência e atitude dos nossos governantes e empresários do setor”, finalizou Antonio Rosário.
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