Deputados criam força tarefa em defesa de ‘energia’ para Alagoas e o Nordeste

Deputados criam força tarefa em defesa de ‘energia’ para Alagoas e o Nordeste

Durante reunião realizada na quinta-feira, 14, no gabinete da liderança do PR na Câmara Federal um grupo de deputados federais do Nordeste decidiu criar uma força tarefa em defesa da renovação do contrato especial fornecimento de energia elétrica da Chesf com as chamadas indústrias eletrointensivas.

O objetivo, avisa o líder do PR na Câmara Federal, deputado Maurício Quintella (PR-AL) é aprovar emenda em uma Medida Provisória que assegure a renovação do contrato. “Chegamos a aprovar a emenda na Câmara Federal, mas o texto não foi aproado no Senado, por uma diferença de apenas dois votos”, pondera.

Além de trabalhar para aprovar a emenda na Câmara Federal, adianta Maurício, a ‘força tarefa’ vai articular a votação no Senado: “vamos conversar com o presidente do Senado  Renan Calheiros, que também defende a renovação dos contratos.  O senador pode ajudar na aprovação da proposta”, aponta Quintella.

A renovação do contrato também vem sendo discutida no Ministério das Minas e Energia, que já aprovou a negociação, mas ainda depende, aponta o líder do PR, do aval da equipe econômica do governo: “essa força tarefa que é formada por deputados de vários partidos e de  todos os estados do Nordeste também ajudar na negociação nos  ministérios, mas o ideal é a provar a lei, garantindo a renovação dos contratos”, enfatiza.

Toda a bancada federal de Alagoas participa da ‘força tarefa’. Sete dos nove deputados federias de Alagoas participaram da reunião da quinta-feira. Os demais parlamentares, inclusive senadores, já manifestaram apoio a inicitiva.

Impacto na economia de Alagoas

O atual contrato vai até junho deste ano. Se não for renovado pode gerar um impacto negativo em vários setores do Nordeste. Em Alagoas, a Braskem seria atingida diretamente. Indiretamente, alerta o presidente da Federação das Indústrias do Estado (FIEA), José Carlos Lyra de Andrade, mais de 60 empresas e 15 mil empregos do estado seriam ameaçados pela perda de produtividade

“Além de prejudicar todos os esforços que foram travados para desenvolver cadeias produtivas, com a da Química e do Plástico em Alagoas, a não renovação dos contratos ameaça mais de 145 mil empregos diretos e indiretos, assim como a movimentação de mais de R$ 16 bilhões na economia do Nordeste”, reforça José Carlos Lyra.

Além da Braskem, outras grandes empresas do Nordeste também serão afetadas. Entre elas a Vale, Gerdau, Dow, Ferbasa, Paranapanema e Mineração Caraíba. A Ferbasa, por exemplo, já avisou que vai desativar sua operação na Bahia, se não for encontrada uma alternativa. EJ

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Redação

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