Arranjos Produtivos Locais comemoram 11 anos de desenvolvimento em Alagoas

Programa conta com 18 APLs e envolve mais de 20 mil produtores
Arranjos Produtivos Locais comemoram 11 anos de desenvolvimento em Alagoas

Como uma proposta de diversificação econômica do Estado e identificação das áreas de maiores atividades com vocações produtivas, o Programa de Arranjos Produtivos Locais (PAPL) completa, nesta sexta-feira (15), 11 anos de colaboração para o desenvolvimento regional de Alagoas.

Coordenado pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico e Turismo (Sedetur), em parceria com o Sebrae/AL, o programa atua com foco na inclusão produtiva dos municípios alagoanos, proporcionando a geração de emprego e renda para os pequenos e micro empresários.

Divididos entre os segmentos de Pecuária, Agronegócios e Produtos/Serviços, 18 APLs, atualmente, recebem o apoio do Governo do Estado, fornecido por meio de trabalhos voltados ao fomento das atividades, articulação das demandas de cada território, capacitações, elaboração de planejamentos estratégicos, entre outras ações. O trabalho abrange 88 municípios e beneficia diretamente mais de 20 mil produtores.

A secretária de Estado do Desenvolvimento Econômico e Turismo, Jeanine Pires, destaca o poder transformador dos APLs. “A inclusão produtiva e o fomento aos micro e pequenos negócios são eixos estruturantes do nosso plano de desenvolvimento regional, que tem como objetivo promover o desenvolvimento econômico e social de todos os envolvidos”, destaca.

As ações previstas no PAPL promovem o resgate de produções tradicionais da cultura alagoana, como o cultivo da mandioca, no Agreste, a produção de laranja e a comercialização de peças do artesanato local. Nesse sentido, o programa atua sob as atividades de Gestão, Capacitação, Infraestrutura e Marketing.

O gerente de Monitoramento da Sedetur, Vagner Felisdório, reafirma o compromisso com o desenvolvimento econômico ao fomentar, por meio dos APLs, ações integradas que visam a geração de emprego e renda e estímulo ao empreendedorismo.

“Muito além dos números de público-alvo ou investimentos, este programa tem modificado a vida do pequeno produtor e empresário. Além disso, o fator vocacional da atividade econômica identificada potencializa a diminuição do êxodo rural, o que beneficia inclusive outras políticas públicas, dinamizando o mercado local”, afirma Vagner Felisdório.

APL Ovinocaprinocultura – O desenvolvimento da cultura de ovinos e caprinos no Sertão, e o apoio concedido pelo Governo do Estado através dos Arranjos Produtivos, têm tido papel fundamental para a estruturação da atividade na região. O segmento traz para Alagoas e para os pequenos produtores diversos benefícios, como a divulgação das produções em fibras de taboa e couro feitas pelas artesãs da região.Recentemente, 300 pares de sandálias de couro foram exportados para a França, contemplando a nova coleção da empresa Muuñ Paris.

APL Móveis – Dentro dos APLs, o segmento de madeira e móveis teve forte expansão durante os últimos anos e surge como uma importante ferramenta para o suporte da atividade moveleira, trabalhada há mais de 50 anos na região do Agreste por pequenos e grandes empresários. Atualmente, dois APLs atende as cidades de Maceió, Arapiraca e Palmeira dos Índios, grandes centros na produção com madeira, móveis planejados e em série.

APL Fruticultura – O APL Fruticultura no Vale do Mundaú também é um dos destaques do programa. O grupo conta com duas Fábricas de Beneficiamento de Frutas, que utilizam modelo orgânico de produção já usado por grande parte dos agricultores do arranjo. Nos locais, são feitos diversos doces cristalizados, frutas desidratadas e sucos, todos com certificação de um produto saudável e extrema qualidade para o consumo.

Fazem parte do arranjo as cidades de União dos Palmares, Branquinha, Murici, Ibateguara, São José da Laje, União dos Palmares e Santana do Mundaú. Em termos territoriais, a região onde está o APL é a maior produtora de Laranja Lima do Brasil.


Agência Alagoas

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