‘Eu não tenho nada a esconder’, diz Renan sobre pedido de quebra de sigilo

‘Eu não tenho nada a esconder’, diz Renan sobre pedido de quebra de sigilo

Após saber que a Polícia Federal (PF) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a quebra de seus sigilos bancário e fiscal, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), informou que entregará, por meio de seu advogado, autorização para que os investigadores tenha acesso a todos os seus dados. Renan afirmou, ao chegar ao Senado nesta quinta-feira (14), que não tem “nada a esconder” e que “todas as explicações serão dadas à luz do dia”.

“Eu não tenho absolutamente nada a temer. As minhas relações com o poder público sempre foram institucionais. Portanto, eu não tenho o que esconder”, disse aos jornalistas que o cercaram na chegada ao Palácio do Congresso Nacional.

O pedido de quebra de sigilo chegou ao Supremo no dia 7 de maio e será julgado pelo ministro Teori Zavascki, relator dos processos da Operação Lava Jato.

“Nós temos que aproveitar esses momentos para esclarecer. Eu estou entregando ao ministro Teori [Zavascki], ele não precisa sequer despachar, todos os meus sigilos, sem exceção. Se há alguém que quer esclarecer esses fatos, sou eu”, declarou o presidente do Senado.

Renan acrescentou que o pedido é uma oportunidade para esclarecer todas as dúvidas que pairam sobre o caso. Ele afirmou que os homens públicos não têm direito de dificultar o acesso a seus dados. Em resposta a jornalistas, o presidente do Senado confirmou que também autorizará a quebra de seu sigilo telefônico.

“Os homens públicos não podem se recusar a esclarecer fatos. Você tem homens públicos que são acusados injustamente; outros, justamente. A diferença exatamente está nas respostas. Existem aqueles que têm o que dizer. E existem aqueles que não têm o que dizer. Com relação a mim, toda explicação será dada à luz do dia. Portanto, estou entregando uma autorização ao ministro Teori para que tenha acesso aos meus sigilos”, enfatizou.

Retaliação

A Polícia Federal (PF) também pediu ao Supremo a quebra do sigilo fiscal e bancário do senador Fernando Collor (PTB-AL). O parlamentar protocolou na noite desta terça-feira (12) quatro representações contra o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, por crimes de responsabilidade. Ao ser questionado durante a entrevista aos jornalistas se considerava a atitude de Collor como uma espécie de retaliação, Renan Calheiros respondeu:

“Eu, sinceramente, não sei o que houve. O que sei é que esse pedido cria uma oportunidade para que entregue os meus sigilos e ajude com isso a esclarecer todos os fatos. Eu não tenho nada a esconder. Eu tenho feito tudo à luz do dia”, repetiu.

Tanto Renan quanto Collor são investigados em inquéritos da Operação Lava Jato, abertos em março com base nos depoimentos de delação premiada do doleiro Alberto Youssef.


Agência Senado

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Redação

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