Em abril, consumo das famílias registrou o menor percentual dos últimos 12 meses

Em abril, consumo das famílias registrou o menor percentual dos últimos 12 meses

Os juros elevados dos parcelamentos e o comprometimento da renda com pagamento de dívidas contraídas estão influenciando o comportamento do consumidor maceioense, segundo avalia o Instituto Fecomércio AL de Estudo, Pesquisa e Desenvolvimento (IFEPD) ao analisar a pesquisa sobre a Intenção de Consumo das Famílias (ICF) da capital alagoana desenvolvida pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

Em abril, a intenção de consumo seguiu a tendência de queda do último mês e registrou o pior resultado em 12 meses. O aumento da inflação e a desaceleração do mercado de trabalho também são apontados como fatores responsáveis pela retração do consumo.

De acordo com a pesquisa, em abril o ICF alcançou 118 pontos e, comparado ao desempenho do mês anterior (124,2), houve uma queda de 5% na intenção de compra. Quando considerado o desempenho deste índice no mesmo período do ano passado, a redução é ainda maior: 12%.

O desempenho alagoano reflete a realidade brasileira. A pesquisa nacional da CNC apontou que o ICF caiu 6,9% em abril e atingiu o menor nível da série histórica. Em relação ao mesmo mês do ano passado, o indicador recuou 17,8%.

Dados

O ICF teve maior recuo no grupo de famílias que ganham até 10 salários mínimos. Nesse segmento, o ICF passou de 122,2 em março para 115,6 pontos em abril, queda de 6,6 pontos percentuais. Entre as famílias que ganham mais 10 salários mínimos, manteve-se estável: 153,3 para 153,4 pontos.

O indicador de consumo das famílias foi influenciado pela queda de todos os sub-índices que o compõem. As maiores foram registradas na intenção de compras de bens duráveis (-8,5%) e na perspectiva de consumo em geral (-6,1%).

Outro dado apontado pela pesquisa foi a queda na situação de renda atual. No mês passado, o indicador registrou 119,6; uma redução de 5,8 pontos quando comparado aos 125,4 pontos de março. O indicador da perspectiva profissional também registrou redução, saindo de 135,1 (março) para 130,3.


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