Governador defende aliança por Alagoas com bancada federal

Governador defende aliança por Alagoas com bancada federal

O governador Renan Filho se reuniu durante toda a manhã desta segunda-feira (4) com seis dos nove deputados federais de Alagoas, no Palácio República dos Palmares. A finalidade do encontro foi a de apresentar o trabalho feito ao longo dos últimos quatro meses e os principais projetos para 2015, mas, principalmente, fortalecer a interlocução entre Executivo e parlamentares.

A bancada de Alagoas é coordenada pelo deputado federal Ronaldo Lessa. Em nome dele, o chefe do Executivo agradeceu a relação amistosa e o apoio incondicional. “A integração do Estado com a bancada federal permite a Alagoas superar com mais facilidade a enfrentar os desafios que tem adiante. As dificuldades são muitas e a bancada federal precisa ajudar, garantir recursos, apoiar as demandas estaduais no que consiste às pautas legislativas”, resumiu.

A resposta dos deputados presentes foi unânime. Os parlamentares Ronaldo Lessa, Pedro Vilela, Givaldo Carimbão, Marx Beltrão, Cícero Almeida e Maurício Quintella demonstraram acordo na importância de um diálogo mais próximo. “É importante essa interação para que sejamos mais úteis ao estado de Alagoas”, afirmou Lessa.

Carimbão ressaltou que o debate constante entre Executivo e Legislativo permite que se construa uma agenda de prioridades para o Estado. “Alagoas perde muito com a pulverização de recursos. Cada deputado investe numa ação e o Estado não constrói uma política estruturante”, avaliou.

Pleitos

Depois de mostrar as principais demandas da gestão, o governador enfatizou projetos essenciais para a estruturação da saúde. “Pediria o apoio dos senhores para construirmos, em princípio, duas grandes obras: o hospital metropolitano e a maternidade de baixo risco. Temos ainda a mudança do Portugal Ramalho para um hospital de clínicas, com várias especialidades”, destacou.
O apelo de Renan Filho foi baseado em números. “Maceió é a capital com menor número de leitos de internação do Nordeste. Temos apenas 633. Acaraju e João Pessoa, com populações bem menores, têm 879 e 1.523, respectivamente”, explicou.

Outro dado preocupante: a média de habitantes da capital alagoana por leito é de 1.588, ou seja, se cada maceioense precisasse ser internado na rede pública, na capital, teria que esperar, depois do primeiro dia, outros 1.587 para a nova entrada, com permanência. O melhor quadro do Nordeste hoje é de Recife, onde a média é de 448.

O governador garantiu que os próximos empréstimos a serem tomados pelo Estado obrigatoriamente terão que incluir investimentos em obras de estruturação na saúde e educação. “Serão as nossas prioridades. Não tem como Alagoas avançar sem melhorar esses segmentos. A escola do aluno de hoje, por exemplo, precisa ser mais interativa. Estamos a cada ano perdendo mais e mais alunos, pela evasão e qualidade ruim do serviço”, disse o chefe do Executivo.

Sobre a ausência de três deputados da bancada, o coordenador Ronaldo Lessa declarou que as faltas não representam hostilidade para com o governo. “Todos estamos voltados, dispostos, a fazer as pressões justas pelo Estado, a corrigir as injustiças”, justificou.

Outro ponto discutido no encontro foi a agenda legislativa prioritária para o Estado. “Temos dois pontos principais no momento: a reforma e a convalidação do INSS [Instituto Nacional do Seguro Social]; e a reestruturação da dívida do Estado, com eficácia a partir de 2016”, salientou Renan Filho.

O parlamentar Pedro Vilela afirmou que está aberto ao diálogo. “É importante que saibamos, com antecedência a posição do Estado. Não há qualquer obstáculo para recebermos as informações técnicas da equipe do Governo”, observou.

Essa não foi a primeira reunião da bancada com um membro da atual gestão. O primeiro encontro foi realizado, em Brasília, com a titular da Saúde, Rozangela Wyszomirska. Nesta segunda, estiveram presentes ainda os secretários Alfredo Gaspar de Mendonça (Segurança), George Santoro (Fazenda) e a própria secretária de Saúde.

Agência Alagoas

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Redação

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