O novo secretário da Fazenda do Estado, George Santoro, vai a Brasília para a transmissão de cargo ao novo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e aproveita para saber qual o tamanho real da dívida do estado de Alagoas com a União.
Após a provação do novo índice de correção, em novembro de 2014, a expectativa era de que o estado teria redução de R$ 1,3 bilhão na dívida. A previsão anterior era de que a dívida chegaria a R$ 9,7 bilhões.
A correção da dívida era baseada no IGP-DI mais 6% a 9% de juros ao ano. Com a nova lei, o indexador passa a ser a taxa Selic ou o IPCA mais 4% de juros, o que for menor.
Mas na verdade, não se sabe ao certo qual é o volume da dívida após as mudanças nas regras, nem qual a margem de endividamento que o estado terá ou mesmo os valores que serão descontados, mês a mês.
A expectativa é que Alagoas continue “sangrando” com valores superiores a R$ 60 milhões, até porque os descontos (juros e amortização) continuarão sendo feitos na ordem de 15% da receita líquida do Estado.
A redução das parcelas da dívida só deve ocorrer dentro quatro. Nesse meio tempo o estado pode recorrer a novos empréstimos ou tentar novas negociações para abatimento da dívida ou até para uso do valor das parcelas em ações específicas.
Em nota a Sefaz dá mais detalhes sobre a viagem de George Santoro a Brasília:
Secretário da Fazenda se reúne com técnicos do Tesouro Nacional
O secretário de Estado da Fazenda de Alagoas (Sefaz-AL), George André Palermo Santoro, estará em Brasília, na próxima segunda-feira, 5, para a posse do novo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que está marcada para as 15h, no auditório do Banco Central (BC).
Após a cerimônia, Santoro terá reuniões com técnicos do Tesouro Nacional para levantamento da situação da dívida pública de Alagoas. “Desde sexta-feira, estamos realizando reuniões com os técnicos da Sefaz para conhecer a situação financeira do Estado. Agora, em Brasília, quero aprofundar sobre a real situação da dívida pública”, disse o secretário.
Os números que estão sendo revelados pelos gestores da Fazenda Estadual ao secretário mostram o grau de comprometimento da Receita com folha de pessoal, dívida e empréstimos. E já garantiu que não descarta a adoção de medidas que visem a um ajuste na lei para garantir arrecadação.