Mulheres dos povoados Malícia, Salgado e Camarões, localizados no município de Olho d’Água Grande, a 180 km de Maceió, participaram de um curso articulado pelo Arranjo Produtivo Local (APL) Mandioca no Agreste e aprenderam mais de 50 receitas a base da raiz. As aulas ocorreram entre os dias 22 e 26 deste mês.
Bolos, coxinha, escondidinho, pratos tradicionais e contemporâneos da culinária regional foram abordados durante as aulas. Por meio de atividades práticas e teóricas, novas técnicas de fazer comida e diferentes tipos de receitas foram executadas, todas com o uso da mandioca, uma raiz rica em carboidratos e repleta de benefícios para o corpo humano.
De acordo com a gestora do APL Mandioca no Agreste, Jeane Vilarins, a demanda do curso nasceu nas próprias famílias de agricultores. Segundo ela, o objetivo das aulas é adequar os pratos a programas de distribuição alimentar do Governo Federal, assim, abrindo novos mercados para os produtores, além de valorizar a atividade deles.
“Nós queremos incluir os agricultores em ações como o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) e ao Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). Desta forma, podemos dar mais qualidade e vida a eles, agregar maior valor aos produtos e promover ganho para as famílias que vivem na região agreste do Estado”, explica.
APL Mandioca
Identificado ainda em 2004, o Arranjo Produtivo Local (APL) Mandioca no Agreste atende mais de seis mil pessoas, além de 32 associações e seis cooperativas. A cultura da mandioca é de grande importância para a agricultura familiar do Estado e, sobretudo para a região agreste, que contribui com 75% da quantidade produzida e 70% da área plantada.
No total, 15 municípios integram o grupo, sendo eles Arapiraca, Campo Grande, Coité do Nóia, Craíbas, Feira Grande, Girau do Ponciano, Igaci, Junqueiro, Lagoa da Canoa, Limoeiro de Anadia, Olho D’Água Grande, Palmeira dos Índios, São Sebastião, Taquarana e Teotônio Vilela.
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