GranBio inicia produção de etanol de segunda geração em Alagoas

Empresa inaugura a maior fábrica de etanol 2G do mundo
GranBio inicia produção de etanol de segunda geração em Alagoas

A GranBio, empresa de biotecnologia industrial 100% brasileira, iniciou a produção na primeira fábrica de etanol de segunda geração (2G) em escala comercial do Hemisfério Sul. A Bioflex 1, unidade construída em São Miguel dos Campos, Alagoas, tem capacidade inicial de produção de 82 milhões de litros de etanol por ano.

Considerado o maior investimento industrial de Alagoas em 2014, o projeto gerou cerca de 1500 empregos diretos e indiretos no estado. “A escolha de Alagoas foi crucial para o desenvolvimento do projeto. Aqui encontramos parceiros inovadores e, além disso, uma região privilegiada pela boa capacidade instalada de usinas e pela estrutura portuária”, afirma o presidente da GranBio, Bernardo Gradin.

O etanol 2G da GranBio é o combustível produzido em escala comercial mais limpo do mundo em intensidade de carbono – 7,55 gCO2/MJ, índice comprovado pelo Air Resources Board (ARB), da Califórnia. O cálculo leva em conta as emissões de CO2 desde a coleta da matéria-prima, passando pelos insumos e consumo de energia, até o transporte e distribuição em porto da Califórnia. Nenhum outro combustível produzido em larga escala é mais vantajoso para o meio ambiente que o da GranBio, primeira produtora de etanol 2G a ter a pegada de carbono aprovada pelo órgão americano.

Para viabilizar o projeto, a GranBio, controlada pela GranInvestimentos S.A., investiu US$ 190 milhões na construção da fábrica e US$ 75 milhões no sistema de cogeração de vapor e energia elétrica, em conjunto com a Usina Caeté, do Grupo Carlos Lyra. As obras foram concluídas em 20 meses, menor prazo se comparado a qualquer outro empreendimento desse porte, e foram gerenciadas pela GranEnergia, empresa também controlada pela GranInvestimentos S.A.

O Brasil tem potencial de aumentar em 50% a produção de etanol apenas com uso de palha e bagaço, sem necessidade de ampliação de canaviais. A GranBio desenvolveu um sistema de coleta, armazenamento e processamento de palha equivalente a 400 mil toneladas por ano para a Bioflex 1, o que o coloca entre os maiores e mais competitivos do mundo.

A fábrica da GranBio utiliza a tecnologia de pré-tratamento PROESA® da empresa italiana BetaRenewables (empresa do Grupo M&G), as enzimas da dinamarquesa Novozymes e as leveduras da holandesa DSM.


GranBio e Caeté investem US$ 75 milhões em solução inédita de bioenergia

A GranBio e a Usina Caeté, do tradicional grupo alagoano Carlos Lyra, criaram uma parceria para produção integrada de vapor e energia elétrica. Instalado ao lado da Bioflex 1, o sistema de cogeração é alimentado com bagaço de cana-de-açúcar e lignina – subproduto gerado no processo de produção do etanol de segunda geração. Trata-se de uma solução inédita de bioenergia no Brasil, pois é a primeira vez que a lignina será usada para esse fim na indústria sucroalcooleira. O investimento conjunto das empresas chegou a US$ 75 milhões.

A caldeira do sistema de cogeração permanecerá em operação durante onze meses no ano, o equivalente a oito mil horas, no período de safra e entressafra da usina Caeté. Assim, além de atender às necessidades das duas fábricas, a caldeira gerará um excedente de energia elétrica da ordem de 135.000 MWh/ano – o suficiente para abastecer uma cidade de 300 mil habitantes -, que será comercializado e se tornará uma fonte de renda para as empresas.

O investimento em bioenergia reforça uma tendência irreversível no mercado de energia do Brasil. Além de uma alternativa para suprir a demanda do Brasil, a geração de energia com resíduos antes deixados no solo proporciona uma redução considerável na emissão de CO2 para o meio ambiente.


Assessoria

Author Description

Redação

Sem Comentários ainda.

Participe do debate