Seminário discute realidade e desafios das mulheres negras

Seminário discute realidade e desafios das mulheres negras

A Secretaria de Estado da Mulher, da Cidadania e dos Direitos Humanos (SEMCDH), realizou nesta terça-feira (29) o Seminário “Mulheres Negras: Realidade e Desafios”. O evento ocorreu no auditório da Escola Superior da Magistratura do Estado de Alagoas (Esmal), no Centro, e foi uma ação do Conselho Estadual de Promoção da Igualdade Racial (Conepir), órgão vinculado à SEMCDH.

O seminário teve como finalidade marcar a passagem do Dia da Mulher Afro-Latino-Americana e Caribenha, comemorado na última sexta-feira (25), e consolidar o lançamento da Marcha das Mulheres Negras 2015 em Alagoas. O evento contou com a participação da representante do Odara Instituto da Mulher Negra e conselheira do CNPIR, integrante da Executiva da Rede de Mulheres Negras do Nordeste, Valdecir Pedreira Nascimento, que proferiu palestra sobre o tema: “Marcha das Mulheres Negras 2015 contra o racismo e pelo bem viver”.

Para ela, o evento é importante para dar visibilidade à Marcha das Mulheres Negras Brasília 2015. A pretensão é levar aproximadamente 100 mil mulheres a Brasília no dia 13 de maio de 2015, data em que se comemora o Dia Nacional de Luta contra o Racismo em Brasília.

Também participaram dos debates a professora da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e integrante do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Mulher (Cedim), Cida Batista de Oliveira, que expôs sobre o tema “Violência contra a mulher negra em Alagoas”; a socióloga, pesquisadora do Núcleo Temático Mulher e Cidadania da Ufal, Regina Trindade, que abordou o tema “Mulher negra e racismo institucional”.

O evento contou ainda a presença da jornalista, assessora de comunicação da ONU Mulheres, Isabel Clavelin, que apresentou o tema “Mulheres Negras e Comunicação com Foco da Década dos Povos Afrodescendentes e Pequim + 20”. O ciclo de debates foi conduzido pela presidente do Conepir, jornalista Valdice Gomes. Antes dos debates aconteceu apresentação do Grupo Cultural Afoxé Ofa Omim, da Ponta Grossa.
Apoio
O evento teve o apoio da Superintendência de Direitos Humanos, Superintendência de Promoção dos Direitos e de Políticas para a Mulher, Esmal, Secretaria de Estado da Saúde, ONU Mulher e Secretaria de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República.

Histórico
O Dia da Mulher Afro-Latino-Americana e Caribenha foi criado em 25 de julho de 1992, durante o I Encontro de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-caribenhas, em Santo Domingos, República Dominicana. Estipulou-se que este dia seria o marco internacional da luta e da resistência da mulher negra. Desde então, sociedade civil e governo têm atuado para consolidar e dar visibilidade a esta data, tendo em conta a condição de opressão de gênero e racial/étnica em que vivem estas mulheres, explícita em muitas situações cotidianas.

Já a Marcha das Mulheres Negras tem como objetivo levar a discussão sobre o racismo e a reação das mulheres negras Brasil afora: nas comunidades, nos municípios do interior, nos quilombos, nas capitais e nos estados. É um processo liderado pelas afro-brasileiras, com foco no debate e no posicionamento político e público sobre o racismo, a violência e o bem viver.


Agência Alagoas

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