Benedito de Lira teria sido, segundo analistas políticos, o maior prejudicado com o lançamento do pré-candidato do PSDB ao governo, Eduardo Tavares.
O senador deixou, com isso, não só de receber o apoio do governo, como ainda corre o risco de ‘perder musculatura’ e tempo de TV. Isso porque Biu de Lira deixou de ter a possibilidade de ter o apoio e os preciosos minutos do DEM e PSDB no programa eleitoral e ainda corre o risco de não consolidar alianças já dadas como certas, a exemplo do Solidariedade.
Mas o novo cenário não parece abalar nem um pouco o senador ou sua equipe. Tanto que ontem ele despachou, em seu gabinete no Senado, em Brasília, com o governador Teotonio Vilela Filho.
“O senador continua mantendo a aliança relação com o governador até porque o candidato que ele lançou é do PSDB e não do governo”, aponta o seu coordenador de comunicação Arthur Gondin.
Benedito de Lira também abriu conversa com outros partidos – caso do PSB de Eduardo Campos e Alexandre Toledo. “Conversar pode”, pondera Gondin, que acrescenta: “o senador tem conversado com diversas legendas. Até junho vai conversar com os 32 partidos, principalmente com os dez partidos que fazem parte do bloco do governo”.
A ‘presão’ de Téo Vilela e Renan Calheiros que passaram a fazer investidas em partidos que podem fechar com Benedito de Lira – caso do PROS e do Solidariedade – não assusta o senador.
“As alianças estão consolidadas e a tendência é de ampliar o número de partidos que farão parte do projeto”, aponta Gondin.