Produtores de Alagoas estão sem milho desde o início do ano

Produtores de Alagoas estão sem milho desde o início do ano

“Temos um problema que está sendo vivido diariamente”. É assim que o presidente da Associação dos Criadores de Alagoas (ACA), Domício Silva, descreve a atual situação dos produtores, devido a ausência de envio do milho da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), desde janeiro deste ano.

Com o intuito de debater o programa de distribuição do grão para Alagoas e outros estados do Nordeste, o presidente da Associação participou, nesta terça-feira, 15, em Brasília, de uma audiência pública com a presidência e a superintendência da Conab, o Ministério da Agricultura, o presidente da Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas (Faeal), Álvaro Almeida e representantes das Federações de Agricultura de outros estados do Nordeste.

De acordo com Domício, o milho foi enviado a Alagoas até o final do ano passado. “Recebemos o milho até o mês de dezembro. Embora a quantidade fosse insuficiente para atender a todos os produtores, estávamos recebendo. A partir de janeiro, tivemos um problema burocrático junto a Conab, aliado a um problema operacional, e até a presente data, não tivemos nenhum embarque de milho para Alagoas”.

Ele faz ainda outra reivindicação. “A associação dos criadores reivindica que a portaria atenda a todos os produtores do estado. Hoje, ela atende no máximo 3000 kg por produtor/mês. A quantidade é insuficiente, sobretudo para os médios produtores”, critica Domício.

Ainda segundo o presidente da ACA, durante a audiência, foi decidido que a Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) irá auxiliar na resolução do desabastecimento. “Ficou acertado que vai ser encaminhado um documento pela Confederação Nacional da Agricultura propondo uma solução para este caso”, afirmou.

A intenção, segundo Domício, é que a portaria interministerial seja prorrogada por cerca de 16 meses, e que ocorra também o aumento da quantidade de grãos enviada, considerada insuficiente para atender aos produtores.

PREJUÍZO

Os danos, segundo o presidente da ACA, são graves: “Tem acarretado sérios prejuízos, principalmente para produtores de suínos, aves e a pecuária de leite. Isso nos preocupa bastante. A gente vem passando por um período de estiagem, em que o Nordeste não teve uma produção de grãos para atender ao mercado local, o que vem gerando o aumento dos custos de produção”, comenta.

Assessoria

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Redação

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