Téo, a ‘noiva mais desejada’ ao risco de ser ‘esquecida’ no altar eleitoral

Téo, a ‘noiva mais desejada’ ao risco de ser ‘esquecida’ no altar eleitoral

Quando anunciou, no dia 6 de janeiro deste ano, que iria cumprir o mandato até o final, Téo Vilela foi chamado de “mestre”. Naquele momento ele se transformava na “noiva mais desejada” da política alagoana, como bem definiu, um dos seus principais aliados.

Logo as candidaturas ao governo se proliferaram. Benedito de Lira (PP), que navegava sozinho, ganhou a companhia de Alexandre Toledo (PSB), Nonô (DEM), Marcos Fireman e Luiz Otávio Gomes (PSDB).

Todos queriam o mesmo: o apoio de Teotonio Vilela Filho, com sua “caneta recheada de tinta”.

O tempo correu e o “inesperado” mudou o rumo dos acontecimentos. De “noiva mais desejada”, Téo Vilela corre o risco de ser “abandonada” no altar da política.

O governador lançou o seu pré-candidato ao governo no último dia 7, numa entrevista coletiva que ganhou mais repercussão pelas ausências. Marcos Fireman, Thomaz Nonô, Luiz Otávio não foram ao evento e depois disso desapareceram do cenário político. Estão, como muitos, esperando a poeira baixar.

Na entrevista de apresentação de Eduardo Tavares apenas dois prefeitos do PSDB deram as caras no Hotel Radisson: Manoel Tenório (Quebrangulo) e Jarbas Omena (Messias).

Na mesma semana, um número quatro vezes maior de prefeitos tucanos participou da reunião da frente de oposição (dia 11). Passaram Por Penedo, entre outros, Jorge Dantas (Pão de Açúcar), Jarbas Omena (Messias) e James Ribeiro (Palmeira dos Índios).

Até o líder do PSDB na Assembleia Legislativa, o deputado estadual Val Gaia, que não participou do lançamento da pré-candidatura de Eduardo Tavares, foi para o encontro do “chapão” em Penedo.

Segundo levantamento dos “analistas” de bastidores, os 16 prefeitos do PSDB de Alagoas estão divididos entre Renan Calheiros, Benedito de Lira e Alexandre Toledo. Até agora nenhum anunciou apoio a Tavares.

O “isolamento” é tamanho que Vilela corre o risco de ficar sem o apoio da maioria dos seus secretários, observa João Caldas do SDD: “Educação, Assistência Social e Meio Ambiente estão com Biu. A Paz está com Carimbão, para onde ele for. Mulher e Cidadania, Trabalho e Fazenda estão com Alexandre Toledo. Agricultura fica com Nonô. Se continuar assim não vai sobrar ninguém para apoiar o candidato do Téo”, cutuca.

A saída que Vilela tem para evitar o “abandono” no altar é realinhar seu grupo, tentando reduzir o número de chapas, avalia o deputado federal Paulão, PT: “Nem eu acredito, nem ninguém acredita que o governador deixe sair três chapas. Acho que ele deve se esforçar para reduzir o número de palanques, do contrário ele corre o risco de um grande desastre político e eleitoral”.

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Redação

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