Mais de mil trabalhadores são demitidos do Grupo JL

Mais de mil trabalhadores são demitidos do Grupo JL

A situação é pior do que se imaginava. O jornalista Ricardo Mota revelou, nesta segunda-feira, que o Grupo João Lyra demitiu cerca de 150 trabalhadores nos últimos 20 dias. É verdade que estão sendo realizadas demissões, mas o número é muito maior.

A decisão de desligar os colaboradores fica por conta do administrador judicial, Ademar Fiel, que segue a Lei de Falências, sempre deliberando por maioria no colegiado composto pelo Administrador Judicial e pelos advogados Carlos Benedito Lima Franco dos Santos e Felipe Carvalho Olegário de Souza.

As demissões na Laginha Agroindustrial S/A, holding que controla as empresas do grupo, passam na verdade de mil, segundo informou um funcionário da área administrativa que recebeu sua dispensa na última semana: “ninguém sabe de nada realmente. Só quem sabe é o administrador judicial, mas pelo que foi determinado até agora mais de mil pessoas perderam seus empregos”.

Mas vai aqui uma observação importante: muitos dos trabalhadores demitidos serão recontratados nas mesmas funções, mas não necessariamente com os mesmos salários. Isso porque o juiz que decretou a falência (Sóstenes Alex) também autorizou a “continuidade provisória das atividades da falida, na forma de gestão colegiada”.

Outra observação: os trabalhadores demitidos tem prioridade em receber seus direitos. Se o valor foi de até 150 salários mínimos eles receberão antes dos outros credores. Mais do que isso, vai para a “fila”.

A posição de JL

Tentei falar ontem com a assessoria do empresário e deputado federal João Lyra. Fui informado que ele está apenas acompanhando as decisões e colaborando no que é requisitado.

O empresário também não sabe ao certo quantas pessoas foram demitidas, mas foi informado das demissões, que segundo sua assessoria passa de “algumas centenas”.

JL tenta retomar o controle das empresas através de alguns “remédios” jurídicos. Seus advogados aguardam o julgamento de um embargo declaratório e de um recurso especial. É possível que o Tribunal de Justiça decida esta semana.

Author Description

Redação

Sem Comentários ainda.

Participe do debate