De volta ao Brasil neste sábado após participar de missão parlamentar a Europa, onde foi recebido pelo Papa Francisco (ele promete mandar as fotos depois) João Caldas, atualizou seu “repertório” político e foi logo avaliando o “novo” quadro no estado: “o Téo deu outro nó na política ao anunciar Eduardo Tavares como seu candidato ao governo. Só ainda não sei se este segundo nó é um nó de marinheiro, difícil de desatar”.
Para caldas, o primeiro nó foi a permanência de Vilela no governo. O segundo, agora, com a escolha de um nome “inesperado” para o governo: “ele tinha várias outras opções e resolveu apostar num nome diferente. Só vamos saber o que ele quer mais na frente”, avalia.
Para o deputado federal do Solidariedade, a decisão de Téo Vilela força um rearranjo em todas as correntes: “primeiro será no seu grupo. Com a escolha de Eduardo ele tirou de campo os ouros nomes do PSDB (Luiz Otávio Gomes e Marcos Fireman) e cria uma nova correlação de forças com os outros candidatos já postos (Benedito de Lira e Alexandre Toledo) e deixa Nonô numa situação delicada”.
Para Caldas, com a definição do nome do governo, a oposição também vai precisar se mexer: “acredito que o Renan Calheiros vai ter que antecipar o lançamento do nome do Renanzinho. Agora não vai dar mais para ele ficar pregando a indefinição. Essa dúvida vai favorecer o Téo Vilela”, pondera.
Quem manda no PSDB?
Quanto a seu próprio destino, JC avisa que pretende disputar o Senado pelo SDD, com o deputado estadual JHC disputando a Câmara Federal.
Os tucanos que ficarem insatisfeitos, avisa Caldas, podem até chiar, mas quem manda no PSDB de Alagoas é Téo Vilela: “ele decide tudo com Elias e Pedro. E tem mais, é 3 votos a zero”.
O que ele quer dizer com isso? Que adora o fato de ter o seu próprio partido, o SDD e por isso pode dizer que é candidato ao Senado e a qualquer outro cargo. “Quem depende da vontade dos outros pode morrer na praia, como já aconteceu com vários outros nomes no PSDB (ele lembra o caso de Célia Rocha que foi preterida na disputa para o Senado em 2006) e acontece em outros partidos”.
E por fim, uma frase “emblemática” de JC sobre o processo eleitoral de Alagoas: “nesse jogo vale até gol de mão”.