De todos os pré-candidatos ao governo que se tem conhecimento em Alagoas, o mais organizado é – ou era – Marco Fireman, presidente do PSDB de Maceió. Ele deixou o governo em janeiro, montou um escritório de campanha e começou a percorrer o interior.
O ex-secretário teve, desde o primeiro momento, como sabe, o aval do governador Teotonio Vilela Filho. Fireman centrou seus esforços na divulgação das obras mais importantes do governo. Canal do sertão, adutoras, habitação e o programa de reconstrução estão entre sues motes preferidos.
Se para outros candidatos a “escolha” de Eduardo Tavares foi uma ducha de água fria, para Fireman deve ter sido muito pior – balde de água gelada é pouco para tentar traduzir o que ele está sentindo. Talvez dê para imaginar um iglu, no meio do polo norte, com Marco lá dentro, sem nenhum tipo de agasalho…
Mas deixando um pouco de lado a frustração pessoal, Fireman deve decidir o que fazer a partir deste final de semana: mantém a estrutura de campanha, mesmo sabendo que é Téo Vilela quem dá a última palavra no PSDB? Vale a pena ir para o confronto?
Em silêncio, Fireman pensa seu presente e seu futuro. Ao blog ele mandou uma mensagem, depois de deixar de atender algumas ligações: “Nesse momento preciso entender o que está acontecendo para depois me pronunciar”.
Para Fireman restam poucas opções. Ele pode retornar às suas atividades na vida privada ou continuar no jogo, mas desempenhando provavelmente um novo papel – a ser traçado por Téo Vilela.
Decida o que decidir, Marcos Fireman fez bem sua parte. Ele entrou em campo e começou a jogar. Apesar de estreante no time da política, ele vinha conseguindo garantir seu espaço e já era considerado como adversário real pelos outros candidatos.
O que vem pela frente? É provável que Vilela demore um pouco mais a anunciar sua decisão. Embora pouco provável, o rumo dos acontecimentos pode mudar.
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