Ato em Defesa da Vida faz reflexão sobre 50 anos da ditadura militar

Ato em Defesa da Vida faz reflexão sobre 50 anos da ditadura militar

A Secretaria de Estado da Mulher participou, nesta segunda-feira (31), dos debates sobre os 50 anos da ditadura militar. O encontro, que prossegue hoje, é realizado no auditório da Reitoria da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), no campus A. C. Simões. A mesa-redonda foi coordenada pelo superintendente de Direitos Humanos da Secretaria de Estado da Mulher, Geraldo Majela, e teve como tema “50 anos da Ditadura Militar no Brasil: para que não se esqueça! Para que nunca mais aconteça!”.

Os debates, que prosseguem nesta terça-feira, também contaram com a participação do advogado e ex-deputado federal José Costa, o sociólogo Edval Nunes da Silva, conhecido como “Cajá”, e a professora universitária, Maria Alba Correia da Silva.

Trata-se do 13° Ato do programa Ufal em Defesa da Vida, em parceria com a Comissão Estadual da Verdade Jayme Miranda, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Diretório Central dos Estudantes (DCE), União Nacional dos Estudantes (UNE), Central Única dos Trabalhadores (CUT), Associação dos Docentes da Ufal (Adufal), Partidos Políticos e o Movimento em Defesa da Vida, coordenado pela Pró-reitoria Estudantil da Ufal.

O advogado e ex-deputado federal, José Costa, iniciou o debate fazendo uma exposição sobre fatos que antecederam ao golpe militar de 1964. Ele traçou o perfil do ex-presidente João Goulart, lembrou que era um rico estancieiro no Rio Grande do Sul e ligado a Getúlio Vargas. Falou também a respeito da repressão dos militares às entidades de classe, a exemplo de sindicatos. José Costa relembrou seu trabalho na defesa de pessoas perseguidas pelo regime militar.

Em sua palestra, o sociólogo Edval Nunes da Silva narrou sua luta contra a ditadura, que segundo afirmou foi arquitetada pelos americanos. Ele disse que de início travou uma luta com o projeto de propaganda americana “Aliança para o progresso”, implantado no Brasil. Edval Nunes revelou que o golpe militar provocou atraso em setores como educação, saúde e aniquilou os direitos humanos. Conhecido como “Cajá”, Edval foi preso e torturado na década de 70. Ele assessorou D. Hélder Câmara, que ficou conhecido como “Bispo vermelho” pela defesa intransigente dos direitos humanos.

Já a professora universitária Maria Alba Correia da Silva, que integra a Comissão Estadual da Verdade, lembrou dos alagoanos que foram vítimas do regime militar Odijas de Carvalho, Manoel Lisboa, Dalmo Lins, Manoel Fiel Filho, Jayme Miranda, Gastone Beltrão, José Gomes Teixeira, Luiz Almeida e Tulio Quintiliano.”É fundamental o direito à memória e à verdade e a punição dos agentes da ditadura militar”, disse.
A programação se encerra nesta terça-feira, 9h, com a mesa redonda “Histórias reveladas pelos presos políticos e familiares”, com a participação de Marivone Loureiro, Valmir Costa, Fernando Costa e José Nascimento.

Agência Alagoas

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Redação

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