Caravana da Embrapa apresenta técnicas contra ameaças fitossanitárias

Caravana da Embrapa apresenta técnicas contra ameaças fitossanitárias

Para evitar o avanço da lagarta Helicoverpa armigera, praga que vem causando sérios danos à produção agrícola do Brasil, técnicos responsáveis pelo projeto Caravana Embrapa de Alerta às Ameaças Fitossanitária estiveram em Alagoas, onde participaram de encontro no auditório da Universidade Estadual de Alagoas (Uneal), em Arapiraca. Participaram do evento técnicos extensionistas do Instituto de Inovação para o Desenvolvimento Rural Sustentável de Alagoas (Emater/AL). Foram mobilizados extensionistas de todas as gerências regionais da Emater.

Durante o encontro, foram apresentadas técnicas sobre a identidade das ameaças fitossanitárias, principalmente as associadas à Helicoverpa armigera. Os pesquisadores destacaram a eficiência do Manejo Integrado de Pragas (MIP), a partir da recomposição do equilíbrio agroecológico. Em janeiro, depois de dois meses de trabalhos intensivos a Agência de Inspeção Agropecuária de Alagoas (Adeal), recebeu a confirmação que a lagarta Helicoverpa armigera está em Alagoas.

Além das orientações técnicas de identificação e combate à praga, foi apresentado pelo Grupo de Trabalho Estadual de Combate a Praga o Plano Estadual de Supressão da Helicoverpa armigera. Coordenado pelo superintendente de Desenvolvimento Agropecuário da Secretaria de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário, Hibernon Cavalcante, o plano prevê capacitações para a área técnica e a publicação de um calendário com orientações de plantio, além de outras medidas.

“Alagoas é o terceiro estado do Nordeste que recebe a caravana. Para a própria Embrapa, isso quer dizer que saímos na frente de muitos estados. A praga foi confirmada na região Agreste e estamos correndo contra o tempo para tornar nossas medidas mais eficientes. O fato de iniciarmos os trabalhos de prevenção antes do período chuvoso vai facilitar as medidas de contenção do avanço da praga”, relatou Hibernon Cavalcante.

O gerente regional da Emater no Agreste, Eraldo Saturnino, região na qual foi confirmada a praga, destacou a preocupação dos agricultores familiares com o avanço da lagarta. “Temos conhecimento do poder de devastação da Helicoverpa e dos danos que ela já causou em outros estados. Aqui temos agricultores que já perderam suas lavouras. Nossa preocupação é capacitar os técnicos extensionistas e alinhar as medidas de prevenção. Por conta do inicio do ano agrícola de muitas culturas, principalmente de grãos, temos que correr contra o tempo”, enfatizou o gerente regional da Emater.

Fazem parte do Grupo Estadual de Trabalho de Combate à Helicoverpa, as seguintes instituições: Seagri, Adeal, Emater, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e Embrapa. De acordo com informações do Mapa, existem relatos de mais de cem espécies de plantas que podem ser hospedeiras e atacadas pela Helicoverpa armigera, inclusive culturas comerciais, como feijão, soja, algodão, milho e tomate.

Suas principais características são: alto grau de polifagia, atacando várias espécies de interesse econômico, mas também hospedeiros selvagens; alta capacidade de dispersão dos indivíduos voadores (mariposas); alto potencial biótico, ou seja, elevada capacidade de reprodução e sobrevivência; potencial de desenvolvimento de resistência a inseticidas; e plasticidade ecológica, ou seja, alta capacidade de adaptação a diferentes ambientes, climas e sistemas de cultivo.

Agência Alagoas

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