Cinco maternidades recebem gestantes de risco habitual

Cinco maternidades recebem gestantes de risco habitual

O atendimento para gestantes de alto risco na Maternidade Escola Santa Mônica vem ocorrendo apenas após pré-triagem em maternidades de risco habitual do interior e da capital e encaminhamento realizado através da Central de Regulação (Cora). Desde o dia 19 de fevereiro, a Santa Mônica passou a funcionar com a porta fechada devido à segunda etapa da reforma da maternidade, ficando resguardados somente os leitos de alto risco – também disponibilizados no Hospital Universitário Professor Alberto Antunes (HU).

No caso de Maceió, no momento do parto, cinco maternidades devem ser previamente procuradas pelas gestantes, por se tratarem de risco habitual. Além da Nossa Senhora da Guia, no bairro do Poço, estão habilitadas as maternidades Denilma Bulhões, no bairro Benedito Bentes; Santo Antônio, na Cambona; Nossa Senhora de Fátima, no Jaraguá; e Hospital do Açúcar, no Farol.

No interior do Estado, as gestantes de alto risco que residem nos municípios que pertencem à 2ª macrorregião de saúde, devem ser atendidas no Hospital Regional de Arapiraca e no Hospital Clodolfo Rodrigues, em Santana do Ipanema. Em caso de risco habitual, o atendimento pode ser feito no Hospital Ib Gatto Falcão, em Rio Largo; no Hospital Municipal de Porto Calvo e de Viçosa; na Santa Casa de Misericórdia de União dos Palmares, de São Miguel dos Campos e de Penedo; no Hospital Santa Rita, em Palmeira dos Índios; e no Hospital Antenor Serpa, em Delmiro Gouveia.

Segundo a gerente técnica médica da Santa Mônica, Daniella Bulhões, o atendimento em outras maternidades da capital e do interior é essencial para equilibrar o fluxo de atendimento. “Apesar da reforma, não paramos os nossos atendimentos, porém existem essas limitações. A Rede Pública deve, conforme pactuação feita anteriormente entre Estado, Município e Rede Cegonha, continuar fazendo a triagem das pacientes, para que sejam identificados os riscos e realizados os devidos encaminhamentos”, explica Daniela.

Com esse novo fluxo de atendimento, a Sesau tem o objetivo de organizar a assistência obstétrica no Estado, evitando que a gestantes peregrinem sem necessidade e a superlotação na Santa Mônica. Por meio dessa ação, fica assegurado o atendimento qualificado e humanizado às gestantes, evitando a mortalidade materna-infantil.

Classificação de Risco

Segundo os documentos elaborados pelos técnicos da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) e de Maceió, por meio da Rede Cegonha, o atendimento na Santa Mônica ficará restrito às gestantes que entrarem em trabalho de parto prematuramente, com tempo de gestação inferior a 36 semanas.

O atendimento também será destinado, exclusivamente, às gestantes que apresentarem complicações hipertensivas e suspeita de pré-eclâmpsia, bem como síndromes hemorrágicas. Ainda de acordo com o protocolo, só poderão ser transferidas para a Santa Mônica as gestantes que apresentarem anemia grave, infecção ovular, trombose venosa, crise aguda de asma, ou estejam politraumatizadas, com obesidade mórbida e cujos fetos apresentem malformação.

A reforma

A obra de reforma da Santa Mônica, que foi iniciada em junho do ano passado, vai aumentar o número de leitos de UTI e UCI da unidade. Atualmente com 15 espaços de suporte, a maternidade vai dispor de 26. O projeto da obra também contempla a reforma da porta de entrada da unidade e a construção de um novo prédio, onde serão abrigadas as Casas de Parto e da Gestante.

Para isso, o Governo do Estado está investindo cerca de R$ 32 milhões, por meio do Programa Alagoas Tem Pressa. Para a execução da obra, foi firmada uma parceria com o governo federal.

Agência Alagoas

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