O presidente da Federação de Agricultura e Pecuária de Alagoas (Faeal), Álvaro Almeida, destacou, por meio de ofício, a preocupação do senador Fernando Collor de Mello (PTB) para com os produtores rurais do estado. Na última terça-feira, durante sessão plenária, o senador defendeu mudanças nas leis 12.844 e 12.872, que regem a repactuação das dívidas para os produtores do semiárido.
Só em Alagoas, produtores rurais de 42 municípios alagoanos não podem ser contemplados com descontos ou renegociação de empréstimos. De acordo com o presidente da Faeal, o discurso do senador foi em sintonia com as necessidades dos produtores. Almeida diz que a regra geral das leis provoca diversas injustiças.
“Os municípios de Mar Vermelho, Viçosa, Paulo Jacinto, Chã Preta, Cajueiro e Capela declararam estado de emergência e os produtores rurais podem ser beneficiados com a nova legislação. Enquanto que os dos municípios vizinhos, como Atalaia e Pindoba, por não ter sido declarado, não podem, e como é do conhecimento, este ato é de competência dos gestores municipais, estaduais ou do governo federal, e não do produtor rural”, narrou o presidente, solicitando do senador a continuidade em defesa das mudanças na lei de repactuação das dívidas para produtores rurais.
Durante o pronunciamento, o senador lembrou que a exclusão também atingiu produtores de outros estados, como na Bahia onde 112 cidades também ficaram à margem dos benefícios. O senador contou ainda que em muitos casos as terras, casas, veículos e demais bens dos pequenos produtores estão sendo executados para pagar as dívidas bancárias. E, diante do cenário caótico, Collor criticou a omissão dos gestores do governo do estado.
“Traçando um paralelo com o número de famílias, são mais de 32 mil pessoas desesperançosas, sem nenhuma certeza ou perspectiva de um futuro ao menos mais promissor. E, pior, sem a proteção e o efetivo apoio do governo estadual. Pelo contrário, a omissão do estado, como de resto em todos os setores, é que tem prevalecido. Estou disposto a lutar pela solução definitiva das agruras vividas pelos pequenos produtores rurais, com os quais me solidarizo com a promessa de fazer o que for necessário para que vislumbrem um futuro melhor às suas famílias”, falou.
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