Transpal confirma dificuldade de manter passagem em R$ 2,30

Transpal confirma dificuldade de manter passagem em R$ 2,30

Em entrevista coletiva, nesta segunda-feira (27), o porta-voz da Associação dos Transportes de Passageiros do Estado de Alagoas (Transpal), Alexandre Rangel, confirmou a dificuldade em manter a tarifa de ônibus R$ 2,30, em Maceió, e criticou a prefeitura e o estado por não repassarem os subsídios que acabariam congelando o valor da passagem na capital.

“Por enquanto não vai ter aumento. Estamos esperando planilhas por parte da SMTT (Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito) e dos empresários, para sabermos quanto custa o transporte público em Maceió”, afirmou Rangel, acrescentando que o transporte clandestino prejudica os empresários.

Entre os motivos apontados pela Transpal para reajustar os preços da passagem está o aumento dos insumos, como o combustível e peças mecânicas. “Desde que os protestos pelo aumento da tarifa aconteceram, no meio do ano passado, que os insumos têm sido reajustados. Atualmente, os empresários bancam 100% dos custos. Nem os subsídios, prometidos pela prefeitura e pelo governo do Estado, foram repassados”, revelou.

Rangel ainda afirmou acreditar que a tarifa está ligada à questão social e que isso reflete no bolso de todos os usuários. Entretanto, argumenta que os empresários estão ‘no limite dos custos’ e que manter o valor da passagem congelado está causando prejuízo financeiro. “Atualmente, todas as empresas de transporte público de Maceió estão endividadas”, externou.

Acerca da licitação do transporte público, proposta pela Prefeitura de Maceió, o representante da Transpal avaliou que os empresários estariam amarrados ao processo, mas que as empresas não se isolam ao ponto de deixar de lado as discussões acerca do preço da tarifa. Embora a imprensa tenha insistido, Rangel não quis definir um prazo para que haja uma definição nesse sentido. “Preferimos estudar as planilhas que estamos para receber e, somente após uma negociação com o poder público, é que divulgaremos o nosso posicionamento”, disse.

As maiores críticas da Transpal foram destinadas à falta de fiscalização do transporte clandestino em Maceió e à liberação do transporte alternativo dentro da cidade. “A SMTT até que iniciou a fiscalização para os clandestinos, mas ela foi momentânea. Esse tipo de transporte nos prejudica e muito, confrontando com os nossos serviços”, afirmou o representante a Transpal, que também citou a Agência Reguladora de Serviços de Alagoas (Arsal) como um dos órgãos que ‘atrapalhariam’ o trabalho da associação.

E apesar de mencionar, por diversas vezes, que está complicado manter a atual tarifa, Rangel disse que os empresários estariam solícitos ao apelo social e que pretendem avaliar uma contraproposta, a ser apresentada pelo poder público, que cubra as despesas com o serviço e, desta forma, congele ou diminua o valor da passagem.

GazetaWeb

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