Brasília sedia programa de capacitação para inovação no setor sucroenergético

Brasília sedia programa de capacitação para inovação no setor sucroenergético

Serão realizadas na sede da Embrapa Agroenergia (Brasília, DF) as aulas da terceira turma do Programa de Capacitação do Núcleo de Apoio à Inovação para a Sustentabilidade do Setor Sucroenergético (Nagise). O curso acontece de 07/02 a 12/04, às sextas-feiras (tarde e noite) e sábados (manhã). Usinas podem inscrever seus profissionais até a próxima sexta-feira (17/01) pelo site http://www.fca.unicamp.br/nagise/.

Capacitar as empresas para fazer a gestão permanente da inovação é o objetivo do curso, que foi formatado especificamente para o setor sucroenergético e é ministrado por professores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e pesquisadores da Embrapa Agroenergia. O treinamento aconteceu pela primeira vez no ano passado, em Limeira/SP. Para atender à demanda das usinas paulistas, foi preciso abrir duas turmas. De acordo com o chefe-adjunto de transferência tecnologia da Embrapa Agroenergia, José Manuel Cabral, o curso foi bem avaliado pelos participantes e algumas usinas já estão implantando os planos de gestão da inovação elaborados ao final dele.

Com a abertura da terceira turma do programa de capacitação em Brasília/DF, os organizadores querem atender às empresas que estão na principal região de expansão do setor sucroenergético brasileiro, que compreende o Centro-Oeste e os estados do Tocantins e Minas Gerais. Nessa área, já há mais de 80 usinas que, na safra passada, moeram cerca de 27% da cana-de-açúcar colhida no Brasil. Segundo a União da Indústria de Cana-de-açúcar (Única), Goiás e Minas Gerais já são, respectivamente, o segundo e o terceiro maiores produtores de açúcar e etanol, atrás apenas de São Paulo.

Cabral destaca que a inovação deve ser uma preocupação permanente das usinas e abranger todas as áreas, desde o segmento agrícola até os processos administrativos e a produção industrial. “O ideal é que elas constituam núcleos ou setores para promover continuamente a inovação nas empresas”, afirma. Inovar torna-se particularmente importante nessa região de expansão, já que não é possível adotar exatamente as mesmas estratégias que funcionam bem nas áreas tradicionais. O período de safra é diferente, as condições de clima e solo geram plantas com composição diferente, as distâncias nos centros distribuidores exigem mudanças na logística e estrutura de armazenagem.

A capacitação oferecida pelo Nagise tem como objetivo justamente oferecer às empresas uma plataforma da gestão da inovação e desenvolver com elas metodologias para estabelecimento de planos de inovação. As empresas precisam arcar com os custos de deslocamento de seus profissionais para assistir às aulas e participar das atividades do projeto.

O Nagise faz parte de um programa nacional, criado no âmbito do Programa Nacional de Sensibilização e Mobilização para a Inovação (Pró-Inova) e da Mobilização Empresarial para a Inovação (MEI), que destina recursos da Agência Brasileira de Inovação (Finep) para a estruturação e operação de núcleos de apoio à gestão da inovação nas empresas brasileiras. É coordenado pela Unicamp e, além da Embrapa Agroenergia, conta com a participação do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), da Universidade Federal de Pernambuco, da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP) e da Única.

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Redação

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