Poucos políticos no Brasil tem o estilo direto de José Thomaz Nonô. Ele é do tipo que fala o que pensa, sem meias palavras. Mesmo quando seus interesses estão em jogo não se esconde por trás de estratégias ou palavras evasivas.
Por isso mesmo, Nonô disse defendeu publicamente e por repetidas vezes que Téo Vilela deveria definir logo se seria ou não candidato ao Senado este ano. Ninguém mais do que ele sabia o que estava em jogo: a “caneta na mão”. Ainda assim, o vice estimulou que o governador antecipasse a decisão.
Ontem, como se sabe, Vilela comunicou em caráter oficial e – anote – irrevogável, que fica no governo até o final do mandato, em dezembro deste ano.
Pelo Twitter Nonô disparou: “A definição do governador Teotonio Vilela ocorreu no momento certo. A indefinição não contribui para o processo eleitoral. Ninguém melhor do que ele para escolher quem o representa ético e politicamente na sucessão”.
“É um gesto de grandeza optar por concluir o compromisso com o estado de Alagoas quando poderia ser candidato ao senado com grandes chances de vitória. O governador Teotonio Vilela se torna articulador e coordenador da próxima eleição e fica livre para compor como e com quem desejar”, afirmou.
Nonô emenda: “Continuo trabalhando para fazer um governo à altura dos desafios e necessidades da nossa gente”.
Para onde vai o vice? É cedo para qualquer especulação. No novo quadro, restará a Nonô menos opções. Ele já descartou a disputa proporcional e uma candidatura majoritária depende, a princípio, de entendimento com Téo Vilela.
O relógio que corria contra o governador agora pressiona Nonô e outros políticos da base aliada do governo.
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