Usinas alagoanas mantêm maior piso canavieiro do Nordeste

Apesar das dificuldades financeiras por que passa o setor sucroenergético, as usinas alagoanas concederam um reajuste salarial acima da inflação para os trabalhadores do campo. Com um reajuste de 7%, o novo piso canavieiro conquista um ganho real acima da inflação de quase 1% e passa de R$ 698 para R$ 746, permanecendo como o maior salário da região Nordeste.

O aumento foi dividido em duas etapas, sendo a primeira de 4% paga a partir de novembro – mês da data-base da categoria – e a segunda de 3% agendada para dezembro próximo.

Além do reajuste salarial, as usinas alagoanas anunciaram ainda um piso garantia no valor de R$ 20. O gatilho é incorporado ao piso canavieiro caso o salário mínimo nacional, anunciado pelo governo federal em janeiro, seja igual ou superior aos R$ 746.

Após um período de negociação, que teve início em outubro passado, quando o Sindaçúcar-AL reuniu os dirigentes sindicais para alertar sobre a crise econômica que afeta o setor, o acordo coletivo de trabalho 13/14 foi fechado na tarde desta terça-feira, 19.

A reunião final foi realizada na sede do Sindaçúcar-AL, em Jaraguá, e contou com a presença de representantes dos Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais e da Fetag-AL.

Apesar das limitações financeiras, as usinas alagoanas preservaram os direitos já conquistados dos trabalhadores e nenhuma clausula da convenção de trabalho de anos anteriores foi retirada do novo acordo.

Assessoria de Comunicação

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Edivaldo Junior

Edivaldo Junior

Edivaldo Junior é jornalista, colunista da Gazeta de Alagoas e editor do caderno Gazeta Rural

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